O meu namorado da escola, o Junior era muito requisitado na escola, ele era o treinador de volei das meninas, ele que dava o som, de finais de semana, e mesmo indo parar na diretoria direto, era um dos alunos mais queridos da escola. E para vc ter uma idéia, quando ele ia parar na diretoria ele saí de braço dado c/ a diretora, as gargalhadas. Ele conseguia cativar a todos...
Mas tb por causa dessa fama dele toda na escola, não era nada fácil ser a namorada dele, pq eu acabava sendo alvo, das meninas que eram doidas por ele. Quem não queria estar namorando c/ ele? Até algumas professoras tinham uma quedinha, por ele!
E por causa dessas coisas tb, vivíamos brigando.
Quando o Junior não queria ficar na escola, ele me chamava pela janela e dizia: baixinha! (eu já estava c/ + ou - 1,70 m rsrsrs) vamos sair? e eu jogava meu caderno pela janela, pedia para ir ao banheiro, e pulávamos o muro da escola e íamos ou para a Padaria Prates, perto da casa dele, ou na casa dele ou então para a minha casa.
No dia seguinte quando eu tomava uma bela de uma advertência, que eu tinha que levar a carteirinha escolar assinada pela minha mãe, eu levava, mas assinada por ele (como se fosse a minha mãe que tivesse assinado). Minha mãe nunca soube disso...rsrsrsrsrs
Nessa mesma escola, e nesse mesmo período estudavam tb, além do Rogério irmão mais velho, a Regina, que era outra irmã mais velha e a Rosana irmã mais nova, dele. E no período da tarde a irmã mais nova deles a Daniela, que eu adorava. Então por causa dele toda a família era conhecida! rsrsrsrs.
Nessa mesma escola, fiz amizade c/ pessoas maravilhosas tb, eramos uma turma do barulho!
Falando um pouco desses amigos: A Marcia Helena Leite, era amiga de sala de aula, ela sentava-se na carteira em frente a minha e nunca vou esquecer o dia que eu pedi, para ele abaixar o ombro um pouco, pq eu não sabia responder uma questão da prova e eu queria colar da prova dela, e ela baixou tanto que caiu no chão... rsrsrsrs nós eramos bem doidas, por sinal, e ela morava na Rua Prates, no bairro do Bom Retiro tb, (hoje soube que está em Portugal e vou tentar encontrá-la, através da net, quem sabe) o Gustavo, que chamavamos de Judeu, que morava na Rua da Graça, tb no Bom Retiro (inclusive, lamento muito por não lembrar de seu sobrenome, pq daria tudo hoje, para saber de seu paradeiro), o Flavio, que tb morava na Rua da Graça e que tb não sei o sobrenome , pq tb é judeu e sabe como esses sobrenomes são complicados, né? E tinha mais outros amigos, o Guzula, o Marquinhos Medeiros que era o cara mais palhaço da escola inteira. ( mas o Marquinhos não fazia parte da turminha, pq ele era muito irônico e colocavamos em situações embaraçosas)
Por causa de toda a popularidade do Junior, na escola eu vivia com ciúmes, então estavamos sempre brigando e cada vez que brigávamos eu me unia a minha turminha e saíamos, muitas das vezes, enforcávamos aula e iamos ou para a loja do pai do Gustavo, na Silva Pinto (entravamos lá escondidos, é lógico que o pai dele nem imaginava, que ficavamos lá dentro e brincando no escritório dele), ou íamos para a minha casa, brincar de jogo da verdade. Ou de algum jogo bobo, mas que na época era muito divertido.
O Corrimão, do Marechal Deodoro, guarda até hoje, a marca do meu ziper nele. Quantas vezes, para chegar lá em baixo, mais rápido eu eu minha turma não descemos por ele, mas tb muitas vezes tb encontramos a diretora no final dele, nos fazendo subir as escadarias descentemente p/ descer descentemente tb, dá pra perder a quantidade de vezes que isso aconteceu rsrsrsrsrs
Falando agora especialmente sobre o Gustavo (Judeu). Esse era o cara, c/ quem eu deveria ter namorado, ter casado, pq esse seria meu porto seguro. Mas desde aquela idade, eu já era cabeçuda!!!
O Gustavo, era aquele amigo que sempre quando eu brigava c/ o Junior, estava do meu lado, de prontidão, ( e olha que este tb era o melhor amigo do Junior) ele fazia tudo pra me ver sorrir, me ver feliz, e eu não enxergava nada disso. O Junior tinha um ódio mortal quando eu falava pra ele sobre patins e até brigávamos por isso, porque ele não queria nem aprender a patinar e nem me deixar ir ao Roller, mas eu ia escondido e inventava que estava na Igreja São João Evangelista, a qual eu já nem fazia mais parte por faltar tanto.
E o Gustavo, quando me via triste, por causa do Junior, me levava ao Shopping Morumbi, patinar no gelo. Ele não patinava, mas ficava deslumbrado em me ver patinar, e me deixava ficar o tempo suficiente, para me ver sorrir. Me presenteava, com todos os discos do Tim Maia, que eu adorava. Chorava, quando nós brincávamos de cantar KQ, e eu cantava Primavera, de Tim Maia. E eu não percebia isso! Não percebia o amor que ele sentia por mim... E eu o tinha como se fosse um irmão, e os nossos amigos ficavam doidos c/ essa situação, pq sabiam o quanto ele gostava de mim e eu não retribuia, como eles queriam
O meu namoro c/ o Junior, foi durante 04 anos, mas mais brigávamos e nos separavamos, do que estávamos juntos. E durante, todas as nossas separações, eu nunca estava sozinha! Como ele tb não!
Nós iamos ( ou com o Junior, ou c/ a Katia e a turma) todos os domingos, nas domigueiras do Tietê, onde só dava pancadaria no final ou então nas domingueiras da Portuguesa, que eram mais amenas, com menos brigas. Dançavamos muito, nos divertiamos muito tb!
Quando eu ia ao Tietê c/ o Junior, meu Deus era terrível, pq enquanto estava eu dançando, lá c/ minhas amigas estava ele c/ seus amigos em encrencas. (ele pagava para não entrar em briga, mas quando entrava, pagava para não sair dela) Era aquele negócio que até hoje existe: turma da Casa Verde, Contra a turma do Pari, contra a turma da Barra Funda e Bom Retiro. Pisou no pé, encrenca na certa! Na saída então era um Deus nos acuda...
Nessa mesma época, mudei de emprego tb, fui trabalhar na Malharia Michele, que ficava na Rua Newton Prado, no Bom Retiro tb.como auxiliar de escritório, e ficava na recepção da firma tb. Nuca me esqueço, do dia que fui guardar meu material, em baixo de de balcão e derrubei um vidro e quebrei. Fiquei tão apavorada, que não tinha noção do que havia naquele vidro. Como fazia muito calor, e tinha um ventilador gigante alí, eu imediatamente procurei um pano para limpar o que eu hahia derrubado, e como eu queria saber o que era, levei o pano ao nariz, para ver se identificava o cheiro. Putz, eu fi quei zureta. Sabe o que era? Nunca tinha sentido aquilo em minha vida. Me deu uma zonzeira, tudo parecia estar em camera lenta, com aquele ventilador virado em minha direção, eu perdi a noção de onde eu estava. Escutava me chamarem, mas bem de longe, parecia que tinha um motor ronronando na minha cabeça, e eu não conseguia falar, nem fazer nada, fiquei como se estivesse assistindo aquilo tudo, sem poder fazer nada, me bateu um desespero, que peguei meu mateiral e fui embora pra casa, sem dar satisfação nenhuma pra ninguém. Só no dia seguinte que acabei tendo que falar o que tinha acontecido. Aí que foram dizer que naquele vidro tinha éter.
Eu trabalhava bastante na Malharia Michele, as vezes ajudava tb nos lançamentos das NFS, e acabava ficando até mais tarde. Fiquei na malharia uns 06 meses + ou - , até eu encontrar aquele office-boy que trabalhou comigo no escritório Astor, e ele me disse que em outro escritório estavam precisando de uma auxiliar de escrita fiscal, então fui lá fiz o teste, passei e lá trabalhei 04 anos. Mas trabalhava muito, inclusive aos sábados, mas tb meu salário era legal.
Aquele escritório era do Sr. Boanerges e lá era escritório de contabilidade e advocacia tb, e a esposa dele era a advogada de lá, a Dra. Vera. (dei muita risada c/ ela) Gente muito boa. Me ensinaram muita coisa, inclusive a D. Eva que trabalhava lá tb, era muito amiga e eles até hoje tem esse ecritório lá. ficava na Rua Javaés, sempre tudo no Bom Retiro. Tinha vezes que do serviço ia direto para a escola, era ruim, pq não dava tempo pra ir p/ casa, conclusão: eu levava marmita e ela ficava dentro de minha bolsa. Nossa eu morria de vergonha de saberem que dentro de minha bolsa tinha uma marmita... Até que um belo dia, largo minha bolsa c/ o Junior e fui até a sala de aula de outra amiga minha e quando volto, olha só a cena que encontro: Um pessoal em volta da cantina, todos dançando, e cantando: Não posso ficar, nem mais um minuto sem vc, sinto muito amor mas não pode ser, moro em Jaçanã...... e advinhem qual era o instrumento musical dessa farra toda? minha marmita...
A 1ª vez que briguei c/ o Junior, foi por puro ciúmes meu, pq quando estavamos no início de nosso namoro, tinha uma fulaninha na escola (reparou como sempre tem uma fulaninha, pra não dizer outra coisa, na vida de cada uma de nós?) e esperava ver uma briguinha nossa e já estava ela lá de melação com ele, o apelido dela era Kika, ô menina insuportável, viu! Eu já gostava do Junior, mas não era aquele amor, não!!! Era falta de confiança no meu taco, mesmo!
Eu falava muito sobre o Junior para a minha amiga Katia, e ela apesar de não estudar mais na mesma escola que eu ela sempre dava uma passadinha lá antes de bater o sinal da entrada, e como eu estava brigada c/ o Junior, ela tb tinha amizade c/ ele e não havia o pq deixar de falar c/ ele.
Aí um belo dia, eu estou falando c/ ela e disse: Katia, espera só um minutinho que vou ao banheiro e já volto, nisso o Junior vinha vindo e parou lá e ficou conversando c/ ela.
Detalhe: O Junior não gostava muito da Katia, acho que ele tinha ciúme da amizade que eu tinha c/ ela, pq era minha amiga do peito!
Como eu e o Junior estavamos brigados, ficamos uns 04 dias sem se ver e sem se falar. Eu estava muito acostumada c/ ele pq ele me ligava umas 30 vezes por dia, dizendo só: Eu te amo e desligava. E durante aqueles 04 dias, nenhum sinal de vida, dele! Que saudades de escutar aquelas palavras! Uma outra coisa que eu havia notado tb, era que faziam 04 dias que eu não via a Katia tb.
Até que no 5º dia ele me ligou e disse que precisava falar comigo. O que seria? Foi quando na escola ele me disse que no dia que eu fui ao banheiro, quando a Katia estava lá na escola, ele convidou a Katia para ir ao serviço dele, para conversarem e ela aceitou. Ele trabalhava no centro de São Paulo, na Rua Conselheiro Crispiniano e a Katia fazia balé, no Teatro Municipal, que ficava próximo e ela foi!
Vc acredita, que ele me disse que ele pediu ela em namoro? e que ela aceitou?
Tudo bem que não rolou nada, ele queria me provar apenas que ela não era minha amiga! Vc acha que isso se faz?
Eu acabei retomando meu namoro c/ ele, e nada comentei! Pq não acreditava que minha melhor amiga fizesse isso. E o Junior doido da vida, por eu continuar c/ a amizade dela
Só notava nela, um certo desapontamento, quando viu que eu voltei c/ ele!
Mas naquela época eu era muito nova e não entendia direito as atitudes, das pessoas.
Eu dei um tempo para ver se a Katia me contava, alguma coisa, para eu não ter que perguntar, afinal eu adorava ela, e ainda a adoro até hoje. E ela não me contou nada.
Até que teve um dia que eu explodi, e não aguentei, sabe aqueles dias que a gente tá c/ a macaca, né? Até que eu e ela brigamos e ficamos um bom tempo sem se falar, pq eu havia perdido a confiança nela. E foi uma bobeira, de minha parte, eu deveria ter deixado quieto, tudo isso. Pq ela era uma pessoa digna de confiança, sim! Ele que não era.
Hoje eu entendo o seguinte: Eu falava tanto dele para ela, que talvés ela possa ter se apaixonado pelas coisas que eu dizia sobre ele. Afinal, eu tinha naquela época 15 anos e ela 14, e essa idade, não é uma idade, onde sabemos fazer as coisas conscientemente, não é?
Inclusive, hoje paro para pensar nisso e vejo, que ele jogou muito mais sujo, não acham?
E não foi a única coisa que ele fez não.
Como eu contei acima, o Gustavo era não só meu amigo, como amigo do Junior tb e naquela altura do campeonato, ele estava mais afastado dele, pq estava gostando de mim, e o que eu achava estranho era que sempre que eu precisava de um ombro pra chorar, o dele era o que estava próximo.
Teve um dia, que do nada, vi o Junior c/ seus amigos no pátio, nós não estavamos brigados e ele veio até mim, umas duas horas depois que tinha dito que me amava e me disse: Ju, é o seguinte. Não dá mais certo a gente ficar junto e acho melhor a gente dar um tempo, pq eu não sei o que quero de minha vida.
Eu já achava que ele estava interessado por outra, mas os amigos dele, estavam lá só olhando. Não vou dizer que não chorei, pq já fazia um ano que nós namoravamos e eu já estava bem apegada a ele, a familia dele e tudo o mais. Foi horrivel p/ mim escutar aquilo, eu perguntei varias vezes o pq e ele dizendo, quero um tempo, ok?
Naquele dia, nem assisti aula, sai da escola e quando estava indo embora, o Gustavo estava lá fora me esperando, e já sabia de tudo.
Ai ele me disse: Eu não aguento ver isso, e vou te contar pq o Junior não tem o direito de fazer o que fez c/ vc!
Eu perguntei: O que está acontecendo? Pode me dizer?
Sim, eu vou te contar: Ju no dia que o Junior te pediu em namoro, foi tudo planejado, eu estava junto nesse dia e posso te dizer exatamente como foi...
No seu 1º dia aqui no Marechal, nós fizemos uma aposta, para ver quem conseguiria namorar com vc, e ele foi o 1ª a falar c/ vc, e já sabia que estava ganho a aposta pq vc estava correspondendo aos olhares deles. Então ele ganhou de nós uma caixa de cerveja...
Eu sempre quis te contar isso, mas como vi que vcs se gostavam, achei melhor deixar quieto. Ontem, teve outra aposta, para ver se ele largaria de vc, sem voltar, valendo outra caixa...
E se eu soubesse da aposta de ontem, antes eu teria te alertado, mas só soube no exato momento que ele já estava falando c/ vc agora, por isso que nem entrei em aula tb.
E ele ganhou de novo!!! Só que desta vez eu não estava fazendo parte desta aposta.
Caramba, vc imagina, como eu fiquei????
Nossa nem te conto a bronca, c/ que fiquei disso tudo. Eu queria me vingar de qualquer maneira...
É como se vc tivesse sido traída, a vingança fala muito alto...
Quando vc é largada, do nada! Mesmo que vc não goste da pessoa, vc acha que ama, pq é horrível ser deixada assim... Como se não houvesse sentimento nesse tempo todo, pq se houvesse, jamais essa aposta deveria ter existido!
Bem, só posso dizer uma coisa, meus amigos nesse tempo sempre estiveram presentes, eu voltei a patinar normalmente, procurei a Katia, e voltamos ao Roller, todos os fins de semana, mas mesmo assim eu pensava muito nele, e quando eu estava sozinha, sentindo-me perdida, eu chorava muito. Naquela hora eu não podia em hipóse alguma dar ouvidos a ninguém. O pior de tudo isso é que estudavamos na mesma escola. E eu fazia de tudo para não cruzar c/ ele. Pq as provocações eram muitas, os comentários e tudo o mais. O Gustavo, meu querido amigo sempre estava presente e cada vez mais apaixonado, mas eu o queria tão bem como amigo, que jamais conseguiria enxergá-lo como namorado. E ele sabia disso...
Até que tive que me separar um pouco dele, pq isto estava fazendo mal a ele
Foi quando comecei a frequentar uma domingueira diferente, a Domingueira do Matarazzo, no Bairro do Limão... Eu tinha que respirar novos ares, conhecer novas pessoas e desencanar de alguém que só jogou comigo...
Mas tb por causa dessa fama dele toda na escola, não era nada fácil ser a namorada dele, pq eu acabava sendo alvo, das meninas que eram doidas por ele. Quem não queria estar namorando c/ ele? Até algumas professoras tinham uma quedinha, por ele!
E por causa dessas coisas tb, vivíamos brigando.
Quando o Junior não queria ficar na escola, ele me chamava pela janela e dizia: baixinha! (eu já estava c/ + ou - 1,70 m rsrsrs) vamos sair? e eu jogava meu caderno pela janela, pedia para ir ao banheiro, e pulávamos o muro da escola e íamos ou para a Padaria Prates, perto da casa dele, ou na casa dele ou então para a minha casa.
No dia seguinte quando eu tomava uma bela de uma advertência, que eu tinha que levar a carteirinha escolar assinada pela minha mãe, eu levava, mas assinada por ele (como se fosse a minha mãe que tivesse assinado). Minha mãe nunca soube disso...rsrsrsrsrs
Nessa mesma escola, e nesse mesmo período estudavam tb, além do Rogério irmão mais velho, a Regina, que era outra irmã mais velha e a Rosana irmã mais nova, dele. E no período da tarde a irmã mais nova deles a Daniela, que eu adorava. Então por causa dele toda a família era conhecida! rsrsrsrs.
Nessa mesma escola, fiz amizade c/ pessoas maravilhosas tb, eramos uma turma do barulho!
Falando um pouco desses amigos: A Marcia Helena Leite, era amiga de sala de aula, ela sentava-se na carteira em frente a minha e nunca vou esquecer o dia que eu pedi, para ele abaixar o ombro um pouco, pq eu não sabia responder uma questão da prova e eu queria colar da prova dela, e ela baixou tanto que caiu no chão... rsrsrsrs nós eramos bem doidas, por sinal, e ela morava na Rua Prates, no bairro do Bom Retiro tb, (hoje soube que está em Portugal e vou tentar encontrá-la, através da net, quem sabe) o Gustavo, que chamavamos de Judeu, que morava na Rua da Graça, tb no Bom Retiro (inclusive, lamento muito por não lembrar de seu sobrenome, pq daria tudo hoje, para saber de seu paradeiro), o Flavio, que tb morava na Rua da Graça e que tb não sei o sobrenome , pq tb é judeu e sabe como esses sobrenomes são complicados, né? E tinha mais outros amigos, o Guzula, o Marquinhos Medeiros que era o cara mais palhaço da escola inteira. ( mas o Marquinhos não fazia parte da turminha, pq ele era muito irônico e colocavamos em situações embaraçosas)
Por causa de toda a popularidade do Junior, na escola eu vivia com ciúmes, então estavamos sempre brigando e cada vez que brigávamos eu me unia a minha turminha e saíamos, muitas das vezes, enforcávamos aula e iamos ou para a loja do pai do Gustavo, na Silva Pinto (entravamos lá escondidos, é lógico que o pai dele nem imaginava, que ficavamos lá dentro e brincando no escritório dele), ou íamos para a minha casa, brincar de jogo da verdade. Ou de algum jogo bobo, mas que na época era muito divertido.
O Corrimão, do Marechal Deodoro, guarda até hoje, a marca do meu ziper nele. Quantas vezes, para chegar lá em baixo, mais rápido eu eu minha turma não descemos por ele, mas tb muitas vezes tb encontramos a diretora no final dele, nos fazendo subir as escadarias descentemente p/ descer descentemente tb, dá pra perder a quantidade de vezes que isso aconteceu rsrsrsrsrs
Falando agora especialmente sobre o Gustavo (Judeu). Esse era o cara, c/ quem eu deveria ter namorado, ter casado, pq esse seria meu porto seguro. Mas desde aquela idade, eu já era cabeçuda!!!
O Gustavo, era aquele amigo que sempre quando eu brigava c/ o Junior, estava do meu lado, de prontidão, ( e olha que este tb era o melhor amigo do Junior) ele fazia tudo pra me ver sorrir, me ver feliz, e eu não enxergava nada disso. O Junior tinha um ódio mortal quando eu falava pra ele sobre patins e até brigávamos por isso, porque ele não queria nem aprender a patinar e nem me deixar ir ao Roller, mas eu ia escondido e inventava que estava na Igreja São João Evangelista, a qual eu já nem fazia mais parte por faltar tanto.
E o Gustavo, quando me via triste, por causa do Junior, me levava ao Shopping Morumbi, patinar no gelo. Ele não patinava, mas ficava deslumbrado em me ver patinar, e me deixava ficar o tempo suficiente, para me ver sorrir. Me presenteava, com todos os discos do Tim Maia, que eu adorava. Chorava, quando nós brincávamos de cantar KQ, e eu cantava Primavera, de Tim Maia. E eu não percebia isso! Não percebia o amor que ele sentia por mim... E eu o tinha como se fosse um irmão, e os nossos amigos ficavam doidos c/ essa situação, pq sabiam o quanto ele gostava de mim e eu não retribuia, como eles queriam
O meu namoro c/ o Junior, foi durante 04 anos, mas mais brigávamos e nos separavamos, do que estávamos juntos. E durante, todas as nossas separações, eu nunca estava sozinha! Como ele tb não!
Nós iamos ( ou com o Junior, ou c/ a Katia e a turma) todos os domingos, nas domigueiras do Tietê, onde só dava pancadaria no final ou então nas domingueiras da Portuguesa, que eram mais amenas, com menos brigas. Dançavamos muito, nos divertiamos muito tb!
Quando eu ia ao Tietê c/ o Junior, meu Deus era terrível, pq enquanto estava eu dançando, lá c/ minhas amigas estava ele c/ seus amigos em encrencas. (ele pagava para não entrar em briga, mas quando entrava, pagava para não sair dela) Era aquele negócio que até hoje existe: turma da Casa Verde, Contra a turma do Pari, contra a turma da Barra Funda e Bom Retiro. Pisou no pé, encrenca na certa! Na saída então era um Deus nos acuda...
Nessa mesma época, mudei de emprego tb, fui trabalhar na Malharia Michele, que ficava na Rua Newton Prado, no Bom Retiro tb.como auxiliar de escritório, e ficava na recepção da firma tb. Nuca me esqueço, do dia que fui guardar meu material, em baixo de de balcão e derrubei um vidro e quebrei. Fiquei tão apavorada, que não tinha noção do que havia naquele vidro. Como fazia muito calor, e tinha um ventilador gigante alí, eu imediatamente procurei um pano para limpar o que eu hahia derrubado, e como eu queria saber o que era, levei o pano ao nariz, para ver se identificava o cheiro. Putz, eu fi quei zureta. Sabe o que era? Nunca tinha sentido aquilo em minha vida. Me deu uma zonzeira, tudo parecia estar em camera lenta, com aquele ventilador virado em minha direção, eu perdi a noção de onde eu estava. Escutava me chamarem, mas bem de longe, parecia que tinha um motor ronronando na minha cabeça, e eu não conseguia falar, nem fazer nada, fiquei como se estivesse assistindo aquilo tudo, sem poder fazer nada, me bateu um desespero, que peguei meu mateiral e fui embora pra casa, sem dar satisfação nenhuma pra ninguém. Só no dia seguinte que acabei tendo que falar o que tinha acontecido. Aí que foram dizer que naquele vidro tinha éter.
Eu trabalhava bastante na Malharia Michele, as vezes ajudava tb nos lançamentos das NFS, e acabava ficando até mais tarde. Fiquei na malharia uns 06 meses + ou - , até eu encontrar aquele office-boy que trabalhou comigo no escritório Astor, e ele me disse que em outro escritório estavam precisando de uma auxiliar de escrita fiscal, então fui lá fiz o teste, passei e lá trabalhei 04 anos. Mas trabalhava muito, inclusive aos sábados, mas tb meu salário era legal.
Aquele escritório era do Sr. Boanerges e lá era escritório de contabilidade e advocacia tb, e a esposa dele era a advogada de lá, a Dra. Vera. (dei muita risada c/ ela) Gente muito boa. Me ensinaram muita coisa, inclusive a D. Eva que trabalhava lá tb, era muito amiga e eles até hoje tem esse ecritório lá. ficava na Rua Javaés, sempre tudo no Bom Retiro. Tinha vezes que do serviço ia direto para a escola, era ruim, pq não dava tempo pra ir p/ casa, conclusão: eu levava marmita e ela ficava dentro de minha bolsa. Nossa eu morria de vergonha de saberem que dentro de minha bolsa tinha uma marmita... Até que um belo dia, largo minha bolsa c/ o Junior e fui até a sala de aula de outra amiga minha e quando volto, olha só a cena que encontro: Um pessoal em volta da cantina, todos dançando, e cantando: Não posso ficar, nem mais um minuto sem vc, sinto muito amor mas não pode ser, moro em Jaçanã...... e advinhem qual era o instrumento musical dessa farra toda? minha marmita...
A 1ª vez que briguei c/ o Junior, foi por puro ciúmes meu, pq quando estavamos no início de nosso namoro, tinha uma fulaninha na escola (reparou como sempre tem uma fulaninha, pra não dizer outra coisa, na vida de cada uma de nós?) e esperava ver uma briguinha nossa e já estava ela lá de melação com ele, o apelido dela era Kika, ô menina insuportável, viu! Eu já gostava do Junior, mas não era aquele amor, não!!! Era falta de confiança no meu taco, mesmo!
Eu falava muito sobre o Junior para a minha amiga Katia, e ela apesar de não estudar mais na mesma escola que eu ela sempre dava uma passadinha lá antes de bater o sinal da entrada, e como eu estava brigada c/ o Junior, ela tb tinha amizade c/ ele e não havia o pq deixar de falar c/ ele.
Aí um belo dia, eu estou falando c/ ela e disse: Katia, espera só um minutinho que vou ao banheiro e já volto, nisso o Junior vinha vindo e parou lá e ficou conversando c/ ela.
Detalhe: O Junior não gostava muito da Katia, acho que ele tinha ciúme da amizade que eu tinha c/ ela, pq era minha amiga do peito!
Como eu e o Junior estavamos brigados, ficamos uns 04 dias sem se ver e sem se falar. Eu estava muito acostumada c/ ele pq ele me ligava umas 30 vezes por dia, dizendo só: Eu te amo e desligava. E durante aqueles 04 dias, nenhum sinal de vida, dele! Que saudades de escutar aquelas palavras! Uma outra coisa que eu havia notado tb, era que faziam 04 dias que eu não via a Katia tb.
Até que no 5º dia ele me ligou e disse que precisava falar comigo. O que seria? Foi quando na escola ele me disse que no dia que eu fui ao banheiro, quando a Katia estava lá na escola, ele convidou a Katia para ir ao serviço dele, para conversarem e ela aceitou. Ele trabalhava no centro de São Paulo, na Rua Conselheiro Crispiniano e a Katia fazia balé, no Teatro Municipal, que ficava próximo e ela foi!
Vc acredita, que ele me disse que ele pediu ela em namoro? e que ela aceitou?
Tudo bem que não rolou nada, ele queria me provar apenas que ela não era minha amiga! Vc acha que isso se faz?
Eu acabei retomando meu namoro c/ ele, e nada comentei! Pq não acreditava que minha melhor amiga fizesse isso. E o Junior doido da vida, por eu continuar c/ a amizade dela
Só notava nela, um certo desapontamento, quando viu que eu voltei c/ ele!
Mas naquela época eu era muito nova e não entendia direito as atitudes, das pessoas.
Eu dei um tempo para ver se a Katia me contava, alguma coisa, para eu não ter que perguntar, afinal eu adorava ela, e ainda a adoro até hoje. E ela não me contou nada.
Até que teve um dia que eu explodi, e não aguentei, sabe aqueles dias que a gente tá c/ a macaca, né? Até que eu e ela brigamos e ficamos um bom tempo sem se falar, pq eu havia perdido a confiança nela. E foi uma bobeira, de minha parte, eu deveria ter deixado quieto, tudo isso. Pq ela era uma pessoa digna de confiança, sim! Ele que não era.
Hoje eu entendo o seguinte: Eu falava tanto dele para ela, que talvés ela possa ter se apaixonado pelas coisas que eu dizia sobre ele. Afinal, eu tinha naquela época 15 anos e ela 14, e essa idade, não é uma idade, onde sabemos fazer as coisas conscientemente, não é?
Inclusive, hoje paro para pensar nisso e vejo, que ele jogou muito mais sujo, não acham?
E não foi a única coisa que ele fez não.
Como eu contei acima, o Gustavo era não só meu amigo, como amigo do Junior tb e naquela altura do campeonato, ele estava mais afastado dele, pq estava gostando de mim, e o que eu achava estranho era que sempre que eu precisava de um ombro pra chorar, o dele era o que estava próximo.
Teve um dia, que do nada, vi o Junior c/ seus amigos no pátio, nós não estavamos brigados e ele veio até mim, umas duas horas depois que tinha dito que me amava e me disse: Ju, é o seguinte. Não dá mais certo a gente ficar junto e acho melhor a gente dar um tempo, pq eu não sei o que quero de minha vida.
Eu já achava que ele estava interessado por outra, mas os amigos dele, estavam lá só olhando. Não vou dizer que não chorei, pq já fazia um ano que nós namoravamos e eu já estava bem apegada a ele, a familia dele e tudo o mais. Foi horrivel p/ mim escutar aquilo, eu perguntei varias vezes o pq e ele dizendo, quero um tempo, ok?
Naquele dia, nem assisti aula, sai da escola e quando estava indo embora, o Gustavo estava lá fora me esperando, e já sabia de tudo.
Ai ele me disse: Eu não aguento ver isso, e vou te contar pq o Junior não tem o direito de fazer o que fez c/ vc!
Eu perguntei: O que está acontecendo? Pode me dizer?
Sim, eu vou te contar: Ju no dia que o Junior te pediu em namoro, foi tudo planejado, eu estava junto nesse dia e posso te dizer exatamente como foi...
No seu 1º dia aqui no Marechal, nós fizemos uma aposta, para ver quem conseguiria namorar com vc, e ele foi o 1ª a falar c/ vc, e já sabia que estava ganho a aposta pq vc estava correspondendo aos olhares deles. Então ele ganhou de nós uma caixa de cerveja...
Eu sempre quis te contar isso, mas como vi que vcs se gostavam, achei melhor deixar quieto. Ontem, teve outra aposta, para ver se ele largaria de vc, sem voltar, valendo outra caixa...
E se eu soubesse da aposta de ontem, antes eu teria te alertado, mas só soube no exato momento que ele já estava falando c/ vc agora, por isso que nem entrei em aula tb.
E ele ganhou de novo!!! Só que desta vez eu não estava fazendo parte desta aposta.
Caramba, vc imagina, como eu fiquei????
Nossa nem te conto a bronca, c/ que fiquei disso tudo. Eu queria me vingar de qualquer maneira...
É como se vc tivesse sido traída, a vingança fala muito alto...
Quando vc é largada, do nada! Mesmo que vc não goste da pessoa, vc acha que ama, pq é horrível ser deixada assim... Como se não houvesse sentimento nesse tempo todo, pq se houvesse, jamais essa aposta deveria ter existido!
Bem, só posso dizer uma coisa, meus amigos nesse tempo sempre estiveram presentes, eu voltei a patinar normalmente, procurei a Katia, e voltamos ao Roller, todos os fins de semana, mas mesmo assim eu pensava muito nele, e quando eu estava sozinha, sentindo-me perdida, eu chorava muito. Naquela hora eu não podia em hipóse alguma dar ouvidos a ninguém. O pior de tudo isso é que estudavamos na mesma escola. E eu fazia de tudo para não cruzar c/ ele. Pq as provocações eram muitas, os comentários e tudo o mais. O Gustavo, meu querido amigo sempre estava presente e cada vez mais apaixonado, mas eu o queria tão bem como amigo, que jamais conseguiria enxergá-lo como namorado. E ele sabia disso...
Até que tive que me separar um pouco dele, pq isto estava fazendo mal a ele
Foi quando comecei a frequentar uma domingueira diferente, a Domingueira do Matarazzo, no Bairro do Limão... Eu tinha que respirar novos ares, conhecer novas pessoas e desencanar de alguém que só jogou comigo...
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