VIVÊNCIA

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dificil ñ é lutar pelo q mais se quer e sim desistir do q mais se ama!
Se desistir, que não seja por não ter forças para lutar.
Mas sim, por ñ ter mais condições de sofrer!!!
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SEUS SONHOS

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" NÃO CONTE SEUS SONHOS PARA AS PESSOAS, PORQUE ELAS PODEM QUERER ROUBÁ-LOS; CONTE-OS PARA DEUS, PORQUE ELE PODE REALIZÁ-LOS "
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TERRENO DO CORAÇÃO

Para entrar no terreno de um coração é preciso ter o mapa que nos mostre as armadilhas, os atalhos, os abismos... Ao pisar no terreno de um coração é preciso ter muita calma para não destruir as flores, para não se perder nos amores, nos amores por ele vividos, nos amores por ele sonhados, idealizados... Pois um coração é assim: às vezes é o labirinto do qual não conseguimos sair, às vezes é o portal fechado que não nos deixa entrar! Há que se ter muito cuidado quando alguém nos abre a porta do seu coração. Cuidado para saber entrar, E , se necessário, saber sair... Sem destruir, sem derrubar. E plantar uma bandeira, no maior monte, escrito assim: - Estive aqui, fiz e fui feliz!!! (Lenda dos índios Sioux)

Meus olhos...

Meus olhos...

31 de mar. de 2007

30 - Vencendo Obstáculos


Eu não tinha condições de sair para procurar um emprego, estava muito desanimada e não me achava preparada.
Nessa época conheci mais uma vizinha no prédio: a Gorete, que tinha uma empresa, junto c/ o companheiro dela, de prestação de serviços em telefonia, e trabalhei um tempo c/ eles.
Mas não dava certo trabalhar c/ eles pq eles brigavam demais, e por mais que eu não tivesse nada a ver c/ o problema deles, eu acabava me envolvendo.
Ela fazia um serviço a parte na casa dela de prestação de contas, de telefones por ramais, para condomínios e aprendi a fazer tb, e dessa forma resolvi trabalhar em minha casa. Como eu não tinha como comprar um computador novo, nem usado, vi um anúncio de trocas no jornal e acabei trocando meu vídeo cassete e um vaporetto que eu tinha em casa, por um computador de 2ª mão e uma impressora tipo geringonça. Nossa, ele era horrível, sabe aqueles computadores, c/ a letra verde fosforecente que doi a vista? Então ele era assim (Um compac). E Como ainda não existia o sistema Windows eu usava o Lotus 1, 2 e 3, e o formax que o Dú tinha instalado para mim, eu já sabia lidar c/ esse programa, pq quando eu ensinei para ele a escrita fiscal, ele tinha me presenteado c/ um disquete c/ esses programas, e eu usava esse programa quando trabalhava na Cacique, para fazer folhas de pagamento. Então fui atrás de grupos de ramais por condomínio e consegui que 08 condomínios me contratassem, para fazer as separações de contas. E logo a seguir troquei aquele monitor que doía a vista por um pb e assim consegui me manter por um tempinho c/ os meninos em casa. Inclusive o Juninho naquela época já estava c/ 11 anos e ele acabou aprendendo sozinho a lidar c/ computador, chegou a dar del tree no meu cp, aliás não só no meu mas no da Gorete tb, sumindo c/ o sistema, mas tudo foi valido. O Dú foi lá e arrumou tudo de novo pra gente.
Um ano depois a Luci me perguntou se eu não queria trabalhar de secretária p/ o esposo da chefe dela, que era engenheiro, no mesmo prédio que ela trabalhava, lá no Itaim Bibi. Aí fui lá fiz uma entrevista e na segunda-feira seguinte começei.
E o Juninho como já sabia fazer as separações de contas de ramais, continuou em casa c/ esse serviço, aprendendo cada dia mais e mais a lidar c/ um CP. E c/ o tempo foi aprendendo e transformando aquele CP e sempre melhorando-o.
Era legal trabalhar no escritório de engenharia. Eu e a Luci, iamos almoçar juntas todos os dias, e nas sextas-feiras davamos uma esticadinha até a Av. Paulista, pra descontrair um pouquinho.
Naquela época chegamos a conhecer uma dupla Sertaneja, (Tito e Fabio) que veio lá de Goiás, mas que não fez sucesso em SP, e acabamos sendo guias turísticas deles, foi muito divertido isso, porque eu não suportava e nem suporto até hoje, música sertaneja, e vivíamos pra lá e pra cá c/eles naquela Van toda colorida.
Trabalhar c/ o Engenheiro Eduardo, foi muito bom, pq aprendi muitas outras coisas lá, principalmente a trabalhar c/ planilhas de custos, orçamentos, fazer compras, cobrança, posicionamento de serviços, trabalhar c/ os bancos, c/os lançamentos diários, lidar c/ clientes da mais alta sociedade e ficar bem atualizada e instruída. Eram muitos clientes. Só era ruim e deprimente ficar sozinha naquele escritório praticamente o dia todo, pq o engenheiro ficava mais nas obras. E por mais trabalho que tivesse, estar sozinha não era a minha praia. Pra vc ter uma idéia nem fumar lá podia. Tinha uma área reservada para fumantes, por andar. Era um prédio cheio das frescuras, dos crachas e cheio das nove horas tb. E era raro eu ir para aquela área, pq eu não podia deixar o escritório vazio, o telefone tocava toda hora e o engenheiro era muito extressadinho tb!
Passei por várias situações embaraçosas naquele escritório , além de todo erro que ele cometia ele ainda jogava a bronca pra cima de mim, pq chefe não erra, e para ele não ficar mau c/ os clientes, a bucha sobrava pra mim, e enfim eu sempre, para os clientes era culpada das gafes dele. (mas no fundo, no fundo eles sabiam a verdade!)
Na sala dele tinha uma árvore da fortuna que as suas folhagem saíam pela janela e era muito raro dar para fechar no lugar que ela estava, pq o escritório todo era rodeado de Vidros de janelas e quase não tinha paredes. Era um luxo só. Aliás ele além de engenheiro era arquiteto tb. Então dá pra imaginar o perfeccionismo dele, né?
Mas o dia que ele conseguiu me tirar do sério mesmo, que me fez ter vontade de agarrar o pescoço dele foi o dia que ele chegou e me disse: meu Deus minha plantinha vai morrer (a plantinha era aquela árvore gigantesca) Ela etá c/ umas folhinhas amareladas, vc não está cuidando bem dela (toda planta tem sua época, e geralmente no inverno as plantas costumam ficar meio sem vida mesmo, dependendo da espécie). Aí ele continuou: Ju presta atenção, eu não vou te perdoar se esta minha plantinha morrer, pq além de regá-la, vc tem que conversar c/ ela tb, para poder estimulá-la, e a partir de hoje quero que vc prometa que vai dedicar mais tempo a ela.
Eu só fiquei parada olhando para a cara dele (então pensei: eu não estou ouvindo isso) Nisso o celular dele toca, ele atende e diz que vai sair e não voltará mais aquele dia. Sorte dele mesmo não ter voltado...
Só me faltava essa agora: bancar a retardada conversando c/ uma planta. Mas não vou dizer pra vc que não bati um léro c/ ela, pq bati. Cheguei bem perto dela e disse: Sua filha da puta, se vc resolver morrer eu serei a culpada??? Antes disso, te arranco daí e te jogo pela janela...Só me faltava essa.
O Dú ia muito lá em casa e nesse tempo ele tinha me dito que estava trabalhando na Top Therm (empresa da iogurteira e do iogurte natural) que todos os dias tinha a propaganda dela, no programa da Ana Maria Braga, na Tv Mulher e outros canais e ele me disse que trabalhava somente meio período e dava pra tirar legal como telemarkenting, pq era um serviço bem remunerado, porém sem registro. Fiquei pensando e disse pra ele que se aparecesse alguma vaga lá para ele me ajudar a conseguir uma entrevista, e não custava tentar.
Nessa época eu estava mais em contato apenas c/ duas amigas: a Gel e a Gorete, e nas horas vagas vivíamos juntas, a noite e tb nos finais de semana, alugávamos filmes e da-lhe drama, comédia, aventura, suspense.
A Gorete tinha dito para mim que tinha um irmão que se mudara para a Cidade de Garça, que ficava entre Marília e Baurú, a 450 Kms da Capital, e me perguntou se eu não queria ir com ela um dia, para Garça para visitar a cidade e eu disse que sim, afinal fazia tanto tempo que eu não saía para canto nenhum, que a idéia era boa. Então quando apareceu um feriado que era dia 1º de maio e caía em uma sexta-feira, resolvemos viajar na 5ª a noite, para visitar o irmão dela: O Cido e a cunhada dela a Suzi, e conhecer a Cidade tb.
Eu simplesmente me apaixonei por Garça, uma cidade aparentemente calma, cheia de muito verde, uma cidade extremamente limpa, sem trânsito nenhum, sem problemas de enchentes, violência, enfim uma cidade que não parece estar dentro dos parâmentros de SP. Conclusão sonhei c/ essa cidade, por muito tempo e a ânsia de sair da Capital foi crescendo mais e mais. E eu ficava na Capital sonhando em sair da cidade grande e ir para o interior, esse sonho até me perturbava, de tanto que eu queria isso. E nós sempre estavamos em contato c/ o irmão dela e com a cunhada que estavam em Garça, via fone. E eu sempre dizia pra Suzi, que desde quando eu tinha ido para a cidade dela, sonhava em morar nela tb e a Suzi sempre apoiando dizendo, vem sim, que pra tudo se dá um jeito, se resolver me avisa que ajudaremos vcs em tudo que precisarem, e a Gorete tb começou a sonhar c/ isso, mas isso pelo fato de eu falar tanto de Garça pra ela, e acabou abraçando essa idéia tb. Chegamos a ir de novo pra lá em outro feriado, só que desta vez fui c/ planos para morar nessa cidade e fui sondar preços de casas, de terrenos e aluguéis tb. E voltei p/ SP com sonhos redobrados, para me mudar
Eu conversava c/ Deus quase todos os dias, pedindo que me desce discernimento e me guiasse, por meus caminhos tão atribulados, eu queria tão pouco e não sabia como mudar minha vida totalmente
E todas as noites antes de dormir, dirigia uma prece a Virgem Maria, que se fosse para dar certo, que ela voltasse a interceder por mim, para que eu conseguisse ir embora, para onde eu tanto sonhava
Depois de um certo tempo trabalhando c/ o engenheiro, fui chamada p/ uma entrevista na Top Therm e fui convidada a trabalhar c/ eles. Digo convidada, pq lá ninguém tinha vínculo empregatício e como eu já estava de saco cheio daquele engenheiro, fiz de tudo pra ser demitida, e pra não perder meus direitos, até pegar no sono no serviço eu peguei. Tudo propositalmente. Sentei na cadeira dele e dormi, pouco antes do horário de ele chegar e quando ele chegou e abriu a porta me pegou dormindo rsrsrsrs
Ai que sono gostoso, eu consegui tirá-lo do sério ao ponto de ele perceber que eu não estava nem um pouco satisfeita em trabalhar c/ ele, era muita exigência, para o que eu ganhava e sabia que por mais que eu me esforçasse estaria sempre do mesmo modo. Consegui que ele fizesse um acordo comigo e fui trabalhar na Top Therm.
Na Top Therm eu trabalhava das 12:00 as 16:30 e se quizesse entrar no período da manhã tb podia pq tinha mídia de 03 a 04 vezes por dia, na Tv, e a gente vendia conforme o anúncio aparecia, e os telefones tocavam em disparada, muita gente querendo informações para comprar. A empresa ficava lá no Morumbi, na Berrini. Longe tb, mas compensava e eu acabei fazendo o período da manhã tb, pq eu pegava um ônibus fretado que saía do metro até a empresa. Era muito comodo, inclusive nesse onibus tb fiz muita amizades e toda sexta-feira era dia de festa, a maior bagunça, até amigo secreto e inimigo indiscreto faziamos no ônibus nas épocas de natal e até dançavamos no corredor do ônibus. Era assim: 2º feira quando entravamos no onibus ninguém comprimentava ninguém, todo mundo emburrado e extressado, na 3º todos se cumprimentavam, na 4º trocavamos algumas palavras, na 5ª combinávamos o que iriamos fazer na sexta e na 6ª o onibus era uma perfeita bagunça desde o período da manhã. Levavamos, cerveja em lata, refrigerante, vodka, martini, amarulla, e até salgados. rsrsrs
Trabalhei na Top Therm 02 anos, quando fazia 1 ano que eu estava lá, arrumei para a Gorete ir pra lá tb e ela foi.
Fizemos amizades, nessa empresa tb, mas não eram amizades muito fortes não, não dava para se apegar a ninguém, por causa de turnos variáveis. Amizade mesmo só as do fretado, que íamos pra lá.
Durante esse tempo que trabalhei na Top Therm, eu usava muito o CP em casa e conheci uma pessoa pela NET, no programinha do Odigo, e tb no ICQ, que era o mais usado na NET, o Edson E P, depois de nos falar-mos mais de 06 meses pela NET, marcamos um encontro, no Shopping Tatuapé, gostamos um do outro, no 1º momento que nos conhecemos e começamos a namorar. O Edson tb pra variar era 10 anos mais novo que eu, mas eu me sentia mais nova que ele. Ele foi a pessoa que mais paz me trouxe, ele era sério porém muito seguro do que queria e trouxe uma certa segurança para mim, pela maneira c/ que ele enxergava a vida. E eu gostava disso. Aliás eu precisava disso.
Eu vivia pendurada na NET, afim de saber se conseguia encontrar parentes por ali e conversava tb c/ outras pessoas e conheci outra pessoa de nome Rodrigo P. Santoni, e só o conheci pq nossos sobrenomes eram iguais, e fiz bastante amizades c/ ele tb e ele era 11 anos mais novo que eu. Ele sempre me telefonava, marcava encontros, mas eu nunca ia. rsrsrs Inclusive cheguei a deixá-lo bloquado por um bom tempo pq eu estava namorando c/ o Edson e eu não queria que ele sentisse ciúmes desse meu contato c/ o Rodrigo, por causa dos encontros que ele tentava marcar, mas não era só c/ o Rodrigo que eu falava não, tinha o Tino tb que tinha meu sobrenome, mas esse estava nos EUA, era casado e fiz amizade c/ a esposa e filhas dele tb, e sempre nos tratamos como parentes. Falava c/ o Décio S, c/ o Marcelo J, que foram meus primeiros amigos virtuais (mas amigos, somente isso)
Voltando ao pessoal do fretado:
Uma vez eu começei a contar para a Roseli, uma amiga do onibus, a história de minha vida e ela foi a 1ª que me disse: caramba, vc deveria de escrever sua história rsrsrsrs. Eu estava contando pra ela a história de como roubaram meu carro e ela não acreditava no que estava escutando. Foi quando ela me disse: Ju pelo amor de Deus, com tantos problemas que vc ajuda os outros a resolver, c tantas saídas que vc dá para as pessoas se mexerem, vc não conseguiu resolver esse seu problema pq???
Vc sabia que eu recebia multas do carro, na minha casa? E não fazia nada? De tanto desgosto que eu sentia de lembrar daquele tempo?
Conforme ela fez essa observação, eu resolvi me mexer. Naquela mesma noite fui para o CP e resolvi redigir um e-mail c/ cópia para todos os departamentos de estradas e rodagens, a todos os Detrans e Polícia Rodoviárias, do Brasil, contando a minha história do carro, observando um último detalhe que foi essencial: Como vcs podem, parar um carro, multar e não verificar a chapa do mesmo, p/ saberem que o carro é roubado???
Enviei esse e-mail em uma 3ª feira. Para a minha surpresa, na 5ª feira recebi um retorno do Comandante da Polícia de Estradas e Rodagens de Santos, dizendo em seguida: Encontramos seu carro e solicitamos que a Sra. venha ao pátio de Santos, para fazer a retirada do mesmo. Encontrei meu carro!!! Dois anos depois de ele ser roubado... Nossa eu não acreditava, no que estava lendo.
No dia seguinte, eu, a minha mãe e o Edson, fomos de ônibus para Santos. Nossa, precisamos passar em tantos departamentos, para a liberação do carro, que vc nem calcula a burocracia que foi, sem contar nas taxas que eu tive que pagar, até guincho estava incluso e estadia no pátio tb. E só depois desse pagamentos que seria liberado para que eu visse o carro e retirasse tb.
Depois de toda a papelada preenchida e paga, me deram o endereço do pátio onde ele estava. Aquele dia chovia muito. Chegamos ao pátio, e para o meu espanto e desespero, nele existiam muitos carros e praticamente todos, arrebentados, batidos e só lataria. Fiquei em estado de verdadeiro pânico, quando vi aquilo.
Quando entreguei o documento ao garagista do local, ele me perguntou a chapa do carro, ele foi verificar no livro, e pediu para que eu assinasse o mesmo. Assinei e perguntei: Como ele está? Ai ele respondeu: Vixi, nem te conto.
Eu já pensei: Tudo em vão.
Ai ele disse: quem vai comigo buscá-lo, pq ele tá lá pra traz.
Ai minha mãe disse: Eu vou
E eu fiquei parada ali c/ o Edson só olhando minha mãe indo lá para o fundo da garagem, por de tráz de um monte de latarias enferrujadas.
E para o meu espanto novamente, o carro virou de traz, das latarias, com minha mãe dirigindo: completamente intácto, c/ pintura nova e todo insufilmado. O carro estava mais bonito do que era, na época que eu foi roubada. E detalhe, todos os documentos estavam c/ ele, até o de compra e venda
Minha alegria era enorme, e desta vez chorei de tanta alegria.
Voltamos de Santos c/ ele em estado perfeito. E logo que chegamos eu liguei p/ a advogada, para contar o que aconteceu e dizer tb, que eu queria devolvê-lo a financiadora para quitar aquela dívida. Foi quando ela me disse: Presta atenção em uma coisa que vou lhe dizer: O Mundo deve, o Brasil deve, não devolva esse carro. Quem fez a ocorrência foi vc e seu caso está para caducar, perante a justiça, fique c/ele, pq ninguém além ou melhor que vc tem mais direitos sobre ele.
Fiquei c/ o carro, mas sabe o que é vc estar c/ uma coisa que vc não se sente bem? Era assim que eu me sentia!
Lá em casa, o Juninho era muito amigo Edson, eles se davam muito bem, existia muito respeito entre ambos, e o Flavio não sei se era por ciúmes, já não tinha tanto entrossamento. Mas tb era pelo fato de tanto o Edson quanto o Juninho viverem pendurados no CP. O Edson era programador e ensinava o Juninho, tudo que sabia e olha que ele só tinha 12 anos!
O Nê tb gostava muito do Edson e isso tb me deixava feliz. Como é maravilhoso, estar c/ alguém que realmente mostra interesse pelos seus...
O Flavio sempre foi muito selvagem, indomável e distante a apegos, ele tem o espírito muito rebelde, aliás eu sempre tive problemas c/ ele de comportamento na escola e na vizinhança, enfim sempre muito levado e de língua afiada, porém c/ um coração gigante. Totalmente o oposto do Juninho e do Ne, que sempre foram muito caseiro.
Um certo dia, bem próximo a Páscoa, estavamos eu o Edson, o Flavio e o Juninho jogando baralho, na mesa e o Flavio fazia parceria comigo no jogo, então eu joguei, sem querer uma carta errada na mesa. Putz que falta de atenção a minha, isso acabou dando pano pra manga.
O Flavio simplesmente me diz o seguinte: nossa que burra, vc é!
Foi a gota d água para o Edson ele levantou, deu um tapão na mesa e foi em direção ao Flavio dizendo: Eu não admito essa falta de respeito que vc tem c/ sua mãe, isso é uma agressão e nenhum filho tem o direito de ofender uma mãe do jeito que vc ofendeu agora. O Flavio sempre se sentiu o Bam bam bam de casa, mas aquele dia ele ficou branco, pálido c/ a reação do Edson.
Não que o Edson não gostasse dele, pq sempre prestei atenção a esses detalhes, é que o Flávio sempre teve um temperamento autoritário e libertino.
Até eu me assustei c/ aquela reação e isso me valeu a separação c/ o Edson, pq por pouco ele não avançou no Flavio. De certa forma eu deveria ter deixado, mas isso é hoje que penso.
Eu pedi para o Edson me dar um tempo e ele foi embora, mas ciente que nosso tempo de namoro tinha se acabado. Foram 02 anos maravilhosos, ao seu lado
Fiquei muito triste, o Juninho e o Nê não se conformaram c / o que fiz e ainda escutei: Mãe, o que vc fez? Largou do Edson, pq ele te defendeu? Como vc pode fazer isso? Eu adoro o Edson e ele tb adora a gente.
Ser mãe, infelizmente tb é, proteger e eu senti naquela hora, que o Flavio e o Edson poderiam se desentender pior mais tarde, então resolvi abdicar, de alguém que me fazia muito bem, porém quis evitar problemas futuros...
E quando o Edson tentava uma reaproximação, eu me esquivava.

29 - A grande Burrada


Abrimos a pizzaria, aliás ela já estava quase aberta, só ainda não a tinham aberto por falta de verbas e eu que acabei entrando nessa sociedade c/ o Davi, mas para ter todo o material necessário, precisei comprar todo o equipamento que a mãe dele já tinha, sem contar que o balcão e o Freezer que o Enoque havia comprado eu tive que pagar por que senão eles iriam se sentir donos de lá tb, e olha que vou te dizer uma coisa: Acho que a maoir parte do dinheiro que eu tinha, eu entreguei nas mãos da mãe dele e do namorado dela, alem de assumir toda a dívida. A nossa pizzaria se chamava Tentação e foi a pizzaria da região que mais vendeu, naquela época
Meus filhos o Juninho e Flavio, junto c/ o Moisés, irmão do Davi, faziam a panfletagem toda sexta e sábado a tarde, pelas redondezas e antes de eles retornarem, a parede da pizzaria já estava lotada de comandas c/ pedidos. Tinha noites que eu precisava tirar o fone do gancho de tantos pedidos que tinhamos e não venciamos em atender, durante quase um ano foi dessa maneira. Virávamos a noite até 4:00hs da madrugada, fazendo entrega, e até eu acabava indo pra rua pra fazer entregas
Só que como a D. Miriam, a mãe do Davi começou a perceber que nós estávamos indo bem, ela resolveu cobrar aluguel do fone, que era uma extensão da casa dela, pq naquela época os telefones eram comprados e não era como é hoje, e demorava-se quase um mês na fila de espera para a instalação, ainda não tinhamos a condição de comprar um fone, era caro demais.
Nós não faziamos nenhuma ligação, só recebiamos.
E ela resolveu tirar proveito disso, sem contar que o namorado dela o Sr Enoque, ia direto lá na pizzaria e levava todos amigos bebúns dele e ninguém queria saber de pagar nada, só pq o Davi era filho da namorada dele.
E caio eu na armadilha da sogra mais uma vez, né? Será que eu atraio sogras olhudas tb?
Meus filhos começaram a me fazer entender que não gostavam do Davi. Eles tinham um certo receio dele. E o Davi era uma pessoa extremamente nervosa, mas isso acho que era por causa do tipo de criação que ele havia tido tb. E olha que a mãe dele dizia ser evangélica e até ele dizia que era. Já o Moisés, os meus filhos adoravam e eu o tinha como um filho tb, ele era só 03 anos mais velho que o Juninho e eles se davam muito bem.
Quando foi mais ou menos no mês de fevereiro, que já fazia 1 ano que estavamos c/ a pizzaria, o movimento caiu muito, aliás era o pior mes, para uma pizzaria e então como estava entrando pouco dinheiro e a Glamour tinha me convidado a voltar ao serviço, resolvi voltar, para não tirar nenhum dinheiro da pizzaria, pela fase que estávamos passando.
Só que fiz uma burrada enorme, eu confiava demais no Davi e deixei ele no comando de tudo, inclusive deixava com ele meu talão de cheque assinado, para as compras que eram preciso ser feitas e eu só ia para a pizzaria aos sábados a noite para ajudar.
Quando eu percebi que as coisas estavam mal, sai mais uma vez da Glamour e fui para o comando da pizzaria, porém já era tarde demais, ele fez eu perder tudo que eu tinha, inclusive a pizzaria, sujou meu nome, escondia as correspondências do banco, para que eu não visse e quando vi não deu mais tempo para nada.
Eu tinha trocado o meu carro recentemente, pq ele dizia que precisava trocar, pq eu ia acabar c/ o outro, por causa das entregas que eu fazia tb, eu tinha a dívida de algumas prestações do carro.
Mas o que ele queria mesmo era aparecer, pq ele o usava muito mais que eu.
E aí? O que eu ia fazer???
E ele c/ a maior cara de pau ainda me dizia que a vida tinha dessas coisas mesmo, altos e baixos! Caramba o baixo, foi causado tudo unica e exclusivamente culpa dele, que fez compras em excesso quando não poderia e ainda esnobava os donos de outras pizzarias.
Foi o caos pra mim, pq nem emprego eu tinha mais e tinha tb a dívida do carro, que era o que eu mais me preocupava.
Tive uma briga tão violenta c/ele, que não sei como não dei na cara dele. Aí ele pegou meu video cassete e ainda ameaçou de jogar no chão! Foi então que eu disse a ele: quando a gente não conquista as coisas pelo próprio suor, pela própria garra, fica difícil de entender o minimo valor de cada coisa que temos, coloca esse video aí de volta, pq vc não sabe o quão grande foi meu suor para adquirir as minhas coisas, que aliás são minhas e não suas. Tudo pra vc em sua mão veio fácil, por isso que não sabe dar valor ou manter alguma coisa, e acho que nem o tempo te fará enchergar os seus erros, essa sua cabeça doente e esquinha, não deixa vc encherga o mal que é capaz de fazer a qualquer pessoa, pq sempre aparecerá uma idiota na sua frente, para vc usar como me usou! E coloquei ele pra fora de minha casa, de minha vida...
Disse tudo isso, pq eu tinha acabado de encontrar as correspondências do banco que ele havia escondido.
Só depois de separada dele, que meus filhos tiveram coragem de me contar que ele vivia pegando eles pelas orelhas, até o Nê me disse isso. Caramba que droga de mãe eu era que não tinha percebido nada???
Não sei até agora como que eu não caí em depressão. Talvez fosse pq tudo dependia de mim.
Resolvi vender meu carro, e o que eu pediria por ele, seria apenas para saldar a dívida que eu tinha que pagar por ele, para não ficar com esse problema tb! Aí um belo dia, aparece um cara, quando eu estava estacionando e me diz: o Marcos lá da farmácia me disse que está vendendo o carro e eu tenho interesse nele, posso dar uma volta, para experimentá-lo?
Eu estava super cansada naquele dia, e não conseguia nem raciocinar direito, sabe o que a burra aqui acabou fazendo? Deixei ele experimentar o carro e não fui junto, detalhe: os documentos dele estavam no porta luvas, inclusive o documento de compra e venda. E fui roubada tb... Ele não voltou mais c/ o carro. A única coisa que pude fazer foi um B.O e mais nada.
Nesse dia, diante a minha cama, ajoelhei-me ao chão e estendi uma prece a Virgem Maria:
E dirigi uma prece, bem baixinho, quase sem voz e quase tb descrente: Minha Virgem Maria, interceda a meu favor, em minha causa, sei o quando fui errada, e quanto ainda terei que aprender, mas tu és mulher, és mãe e sabe de meus problemas. Por favor venha em meu auxílio, pois preciso de ti, nesta hora!
Respondi por um processo absurdo, pq eu não poderia estar vendendo um carro alienado, mas diante de mim fora colocada uma advogada, que com certeza foi guiada, devido as minhas preces, uma advogada extremamente profissional, onde encontrou brechas que pudesse me defender e me livrou de muita coisa que se arrolava nesse processo, mas nada que me isentasse dessa dívida tb...
Eu não poderia mais voltar a Glamour, pq ela tinha fechado, dois meses depois que eu saí de lá, simplesmente quebrou e deixou mais de 200 funcionárias a ver navios. Infelizmente por culpa de algumas funcionárias tb, mesquinhas e ambiciosas.
Eu não tenho o que reclamar de lá, afinal saí a tempo por duas vezes e havia recebido todos os meus direitos, inclusive quando saí até uma gratificação eu ganhei, por serviços prestados.
Estava eu desempregada, o que fazer??? Precisa agir rápido, pq minha mãe que estava me ajudando e eu não queria e não podia ficar naquela situação, afinal eu tinha 03 filhos para criar sozinha. Digo sozinha pq nem pensão eu recebia, cada vez que o Junior descobria que eu estava namorando c/ alguém ele sumia para não pagar pensão. Ele tinha se juntado c/ uma pessoa em Goiania, e morava lá.

28 - Glamour


Quando voltei a trabalhar, eu pedi p/ o Diretor da empresa que me deixasse ir para outro departamento da empresa, o departamento de marketing, pq eu gostaria muito de aprender a vender e lidar c/ clientes e ele me deu essa oportunidade. Eu fazia cotações de frete e fechava cargas muito importantes para a empresa. E fiz juz ao que prometi
Depois que eu estava já neste departamento a 07 meses, um dia uma tia do Beto, (a tia Maria )foi me visitar e me disse que sua filha trabalhava em um estudio fotográfico: Brasil Glamour Photo Studio e como eu trabalhava no departamento de marketing e vendas, estava abrindo vagas para o cargo de telemarketing, se eu não queria ir lá fazer um teste, pq o salário de lá era muito bom, aí eu lhe entreguei um currículum e ela levou p/ a Mara, filha dela que era maquiadora desse estúdio. Isso foi em um domingo e quando foi na 4ª feira, me ligaram da Glamour marcando uma entrevista para a 2ª feira seguinte e eu fui. Quando passei pela entrevista c/ uma supervisora, a Roselene Santiago, fiz alguns testes, e passei mas não fui contratada para ser telemarketing e sim para ser vendedora, que era muito melhor e o salário dependia de mim mesma. Aliás era quase o melhor salário da empresa. Resolvi arriscar.
Sai da Cacique e comecei a treinar na Glamour, pq eu seria vendedora do estúdio que estava para inaugurar, em Guarulhos, e eu estava treinando em Santana, que era a matriz de São Paulo. A matriz geral da empresa era no Rio de Janeiro e lá já existiam 20 estúdios. Naquela época e eu seria a 2ª vendedora paulista a ser contratada e para o 3º estúdio que inauguraria em SP. Com 1 semana de treinamento fui para o estúdio de Guarulhos.
As encarregadas de todos essses estúdios eram cariocas e muito exigentes tb, não era nada fácil lidar c/ elas. Minha 1ª encarregada se chamava Elizete, e comi o pãp que o diabo amassou c/ ela.
O estudio foi inaugurado no dia 15 daquele mês, e mesmo c/ 15 dias, fomos o 2º melhor estudio, em vendas e entre 80 vendedoras eu peguei o 2º lugar em vendas.
Meu 1º salário alí foi um valor exorbitante, eu nunca havia ganho tanto dinheiro, em minha vida. Como eu não era materialista, fiquei até assustada.
Trabalhei naquela empresa como nunca havia trabalhado, em minha vida, eu amava o que fazia, mesmo c/ aquela jararaca da encarregada que eu tinha. Mas valeu muito a pena conhecê-la pq aprendi muito, mas muito mesmo c/ ela.
No 2º mês que estava lá, fui chamada a reunião que tinha mensalmente, no RJ, e essas reuniõas eram sempre em hotéis. Nem sabia na realidade oque eu estava fazendo lá...
Naquela reunião eram chamadas, as que mais se destacavam, no mês: vendedoras, fotógrafas, maquiadoras, telemarketings, encarregadas, arquivistas, recepcionistas e até faxineiras de cada estúdio
Anunciavam sempre as 03 mais de cada estúdio, e as 1º recebiam o sálário ali mesmo, acompanhado, de premios, gratificações, participações por quotas atingidas, acompanhado de troféus e muitos elogios.
Quando foi o meu espanto: na hora de chamaram as vendedoras anunciaram a que pegou o 3º lugar, depois o 2º e quando foram falar da 1ª, disseram o seguinte: São exatamente 100 vendedoras que hoje estão na Glamour e apenas 3 são paulistas, então cariocas se cuidem pq em 1º lugar com 380 books vendidos no mês, o premio vai para a vendedora paulista Julieta Santoni. Aquele auditório ficou calado, aí a minha encarregada levanta e diz: E aí pessoal de SP, vamos nos preparar e aplaudir, pq as vendedoras cariocas estão nervosas! Em outras funções existiam bastante funcionárias paulistas, aí todas levantaram e aplaudiram, o que fez todo auditório levantar e aplaudir. Fui lá na frente, receber o meu premio. A Neide, que era uma das diretoras me passou o microfone, mas não consegui dizer nada, apenas abaixei minha cabeça, enchi meus olhos de lágrimas, pensei nas palavras de minha avó, levantei o troféu, e o ofereci calada a minha avó.
E esse foi 0 1º troféu, de oito que recebi, de 08 meses subsequentes a este. Ate que fui promovida a encarregada e trabalhei em 08 estúdios, estando em reuniões no RJ, mais de 20 vezes.
Comprei meu 1º carrinho, que mais ficou na garagem, do que andou, pq eu morria de medo de dirigir, fazia bastante tempo que eu não dirigia e tb não tinha tempo para ter algumas aulas de volante
Aí teve um belo dia, que pensei comigo mesma: puxa vida eu tenho uma tia tão burra, que dirige tão bem, pq não vou dirigir? To com medo de que???
Então avisei no dia seguinte que talvez eu demorasse a chegar no dia seguinte pq eu ia me arriscar a tirar o carro da garagem e ir trabalhar c/ ele.
Dia seguinte: Tiro o carro da garagem, c/ uma das pernas trêmula. Pra vc ter uma idéia, eu tremia tanto de medo, do que estava fazendo, que cheguei a entrar em 02 ruas contra-mão.
Estou indo eu pela Radial Leste, e quando eu olho, estava a esquerda e tinha que pegar um viaduto que estava a esquerda, não tinha como, o transito tb era infernal, então fui seguinte para ver se mais a frente tinha algum retorno e não tinha. Quando eu olho bem a frente, dou de cara com o minhocão. Esse era o viaduto que eu mais temia. Eu não iria atravessa-lo, o que fazer então??? Parei no acostamento e do outro lado, no sentido contrário da avenida eu vi um posto de gasolina. Desci do carro atravessei a avenida e fui lá no posto, onde tinha um frentista só observando o que eu estava fazendo. Aí olha só o que eu fiz:
Me dirigi a esse moço e disse: Bom dia, o Sr. poderia me informar como eu faço para pegar a Dutra?
Ele: Vc vai ter que atravessar o minhocão e no fim dele fazer o retorno!
Eu: mas esta rua que está cruzando a frente, eu não posso fazer o retorno ali?
Ele: Moça, tá vendo aquele guarda ali? acha que poderá fazer isso?
Eu: Eu não, mas vc pode não pode? E chacoalhei a chave do carro, para ele. Mesmo que vc atravesse o minhocação pra mim e venha até aqui. Poderia fazer isto por mim?
O cara simplesmente explodiu na gargalhada rsrsrsrs
Ele disse: vou tentar
Nessa altura do campeonato, o guarda já tinha nos avistado, tb pela altura da gargalhada daquele frentista e por eu estar c/o carro parado em um acostamento que tb não poderia, não tinha como ele não nos notar.
Ele me disse o seguinte: fique aqui que volto já.
O frentista resolveu fazer uma encenação: Foi até o carro, levantou o capô , fingia que o carro ligava e morria, fechou o capô, tirou o carro do acostamento, foi até o guarda e disse a ele que eu estava c/ problema no carro, e se ele poderia ajudá-lo a levá-lo até o posto. O guarda fez sinal aos carros que estavam vindo para pararem e abriu passagem para o frentista contornar ali onde não podia, afim de que ele conseguisse levar ao carro até o posto, que era onde eu queria que ele estivesse, do outro lado da Radial Leste, sem ter que atravessar o minhocão....rsrsrs
Ficamos fingindo por um bom tempo ali no posto c/o capô levantado, eu coloquei gasolina, verifiquei os pneus, me matei de agradecer aquele frentista e fui embora.
Eu estava indo pela direita, quando vi que deveria estar na esquerda para poder contornar, passar por debaixo de uma ponte e entrar na Dutra. Minha sorte foi que antes disso tinha um farol, mas quando olho para o lado que eu deveria estar, pára ali um caminhão segonha. Vixi, fiquei maluca, aí pensei: fudeu! e agora o que vou fazer? como vou ultrapassar esse bruta-monte? Presta atenção no que fiz: abri a janela do lado do passageiro baixei a cabeça e fiz sinal, para o motorista da segonha olhasse pra mim, então eu disse: Moço, por favor: eu estou meio perdida, vc sabe me dizer como faço para pegar a Dutra? Ele disse: sei sim, vc precisa entrar a esquerda, passar por debaixo daquela ponte e seguir, que daí vc cai bem lá na Dutra, sentido Guarulhos.
Então eu disse a ele: Vc deixa, eu passar na sua frente por favor? Outra explosão de risos.
Pois é mas quem tem boca vai a Roma, não é mesmo?
Sem contar no dia que eu estava em uma reunião em no estúdio de Santana que recebi no bip, uma mensagem da babá de meus filhos dizendo assim: Ju vem pra casa, os meninos sumiram!
Fiquei tão desnorteada, que depois da reunião tive que levar as funcionárias, de volta para o estúdio de Guarulhos e só depois poderia ir pra casa.
Quando chegamos ao estúdio de Guarulhos, minha mãe estava no fone, e me disse: tudo bem?
Eu disse: Que nada mãe, os meninos sumiram!
Ela disse: Calma, eles estão aqui em casa. Eu tinha saído e quando voltei eles estavam na casa da minha vizinha e quando ela viu eles entrarem no prédio, ela tratou de levá-los para a casa dela até que eu chegasse. E detalhe: eles estão de chinelo c/ meia e pijama.
O Juninho estava c/ 09 anos e o Flávio c/ 08, o Ne estava em casa, mas tb ele só tinha um ano e poucos.
O Juninho e o Flavio, além de nunca terem saído sozinhos, ainda pegaram um ônibus e um metro?
Lembram quando eu disse, que eu me aventurava indo para a casa da minha avó de trem? Pois é, não sei quem eles puxaram...rsrsrs
Minha mãe os levou de volta para a minha casa.
Eu liguei em casa, para tranquilizar a babá que estava lá só a 1 semana e ela me disse o seguinte:
Os meninos estavam dormindo e eu fui para a lavanderia estender algumas roupas, e quando voltei eles não estavam mais aqui!
Eu disse a ela que minha mãe estava c/ eles e que ela ia levá-los de volta. mas que ela não deixasse eles dormir, que era para deixá-los acordados até a hora que eu chegasse em casa.
Eu fiquei tão maluca aquele dia, que quando fui embora do serviço, peguei o sentido contrário da Dutra e só fui me tocar, quando já tinha me perdido por completo. Foi quando resolvo entrar em uma vila próxima para pedir auxilio e vim um bar aberto. Parei e chamei um Sr que estava ali e disse: Moço por favor como faço para chegar a ponte da Av. Aricanduva?
Ele: Nossa, vc está muito longe dela. E começou a me explicar como fazer para voltar e eu não conseguia entender nada do que ele dizia, de tão baratinada que eu estava.
Quando ele percebeu que eu não conseguia lhe entender, ele me disse: Bom eu preciso ir embora e vou pegar esse caminho para voltar pra casa, vc pode me seguir, que te faço chegar lá, ok?
Quando estavamos proximos ao viaduto que eu precisava atravessar ele foi diminuindo e apontou para o viaduto. Eu buzinei em sinal de agradecimento e segui. Eu realmente cheguei onde precisava, porem cheguei em casa quase as 24:00hs e meus filhos ainda estavam acordados e apavorados, com medo de apanharem. Eu nem tinha condições de fazer nada, só disse que eles nunca mais fizessem essa espécie de aventura.
Depois de estar trabalhando na Glamour a 1 ano e 1/2, troquei meu carro, conheci uma pessoa de nome: Davi, que eu estava bastante interessada e que tinha um disque pizza, e era 11 anos mais novo que eu, inclusive o conheci pedindo pizza, pq entregaram um panfleto lá em casa do Disque Pizza e eu liguei para pedir uma, alías todo sábado era dia de pizza, lá em casa.
Antes mesmo de nós começar-mos a namorar, eu fui a casa da Luci, irmã do Beto, pq ele tb estava morando c/ ela e expuz, que tinha conhecido alguém, e que eu iria me dar essa oportunidade, afinal o Beto vivia em outro planeta e não estava nem aí pra nada! Mas mesmo assim resolvi avisar o que eu iria fazer, pra mais tarde ninguém querer me julgar.
A Gel, minha amiga e vizinha, enxergou isso, no 1º instante que bateu os olhos nele. E ela dizia: Vc precisa de um homen em sua vida, não um moleque, Ju.
Ele se mostrava muito apaixonado, me levou para conhecer a mãe a D. Miriam, e Sr Enoque, que era namorado dela e os irmãos Moisés e Junior. Na minha 1ª impressão, pareciam ser pessoas maravilhosas, só que depois de um tempo, fiquei sabendo que ela havia comentado que o Davi estava c/ uma mulher, mais velha, que tinha 03 filhos e que ela não era muito a favor disso. Mas não liguei muito pq acho que isso é reação de qualquer mãe, o pior seria escutar que ela tivesse dito que eu não prestava.
Eu tinha uma amiga na Glamour, a Eliane Vaz, que era encarregada do Estúdio de Santana que me dizia assim: amiga, vai fundo, o que vc tem a perder? Vc é bonita é jovem e atrai mesmo homens mais novos, e vou te dizer uma coisa tem muito homem mais velho que deixa a desejar e outra coisa: derepente ele é maduro o suficiente e seja uma boa pessoa pra vc. Vc tem dúvida de que? De estar sendo usada? Usa ele boba rsrsrsrsrs. A Eliane é casada e não deixa de ser piradona.
Enquanto eu tinha uma amiga dizendo: Não faça isso eu tinha outra dizendo: faça
Resolvi arriscar e começamos a namorar
O Davi, era uma daquelas pessoas que mostra ser uma coisa, e que na realidade, não é nada do que mostra ser. Parecia ser entendido de tudo e de nada entendia. Foi uma pena perceber isso tarde demais
Sofri muito c/ ele, não por traição, por ambição dele.
Quando saí da Glamour, eu pedi a conta para entrar em uma sociedade em uma pizzaria c/ ele, aliás o que recebi de lá, dava para eu fazer alguma coisa. Quando saí de lá as portas permaneceram abertas para mim, para um dia se eu quizesse voltar...
Aprendi muito nesta empresa e tb ensinei...
Só foi uma pena, eu não saber empregar meu dinheiro direito, pq como achava que o Davi entendia de tudo deixei ele comandar

27 - Meu 3º filho



Voltando da praia, tudo volta a rotina...
Estava trabalhando na Cacique a 11 meses, quando derepente descobri que estava gravida de novo. Meu Deus, eu jamais imaginava ter mais um filho.
Vc acredita que apareceram pessoas, que eu acha serem amigas que me disseram para que eu tirasse??? Eu nunca em minha vida, havia pensado em estar em uma situação dessas e o pior é que só fui perceber que estava grávida quando eu já estava, no 4º mês de gestação!
E a reação do Beto então!!! Vixi Maria...
Esta minha gestação, apesar de tudo, foi tranquila, tive apoio de todos no serviço, de meus melhores amigos, mas uma pessoa que não gostou nada disso foi minha avó. Ela dizia que o Juninho e o Flavio já estavam grandes, que não via um futuro para mim e para o Beto, pq eramos completamente diferentes um o outro, ficou bastante chateada, mas uma semana antes de meu 3º filho nascer, ela foi mais do que mãe, para mim. Quis dar me o enxoval, foi muito presente em minha vida, e muito amiga tb!
Minha vó sempre me dizia assim: Ju, eu admiro tanto vc! Vc tem coragem de ir a luta, vc é inteligente, é capaz, o que te falta é alguém te enxergar, como vc é: linda por dentro e por falta, o que te falta é uma oportunidade, para ser feliz. Por que vc tem tudo para ser. Como eu preciso te ver feliz!!!
Eu estava c/ 27 anos e em 12/05/93, nasceu meu 3º filho, o Luiz Roberto (Nê). Ele era a criança mais lindinha que eu tinha visto, nunca me deu um pingo de trabalho e eu chorava, quando eu olhava pra ele, e lembrava que me diziam, sobre interromper essa minha gestação.
Minha avó se apaixonou por ele, e tava toda hora em casa, durante a minha licença, no serviço!
O Beto continuou naquela, como sempre foi! Nada lhe tocava. E eu ainda não tinha ido ao cartório c/ ele para registrar, nosso filho, pq eu estava na dúvida se iria deixar que ele colocasse seu sobrenome nele, (aliás, o 1º nome: Luiz Roberto, já é o mesmo nome dele)
Já faziam 2 semanas que meu filho havia nascido, quando o Beto foi assaltado e quase morreu, estava todo deformado, pq foi atingido c/ uma tábua, na cabeça, por várias vezes, até descolamento de retina ele teve, ficou em coma, na UTI. E foi nesse dia que vi o quanto eu o amava. Nunca vou esquecer daquele dia que ele estava no hospital c/ ele e lhe disse bem baixinho: Eu amo vc, e agora eu sei que quero estar c/ vc sempre. Me deixe cuidar de vc!
Pra mim, ele não tinha ouvido, e ainda acrescentei: mesmo que desse acidente tivesse sobrado de vc apenas uma orelha, eu iria amá-la da mesma maneira, eu lhe pediria que me deixasse cuidar dela. Mas ele estava desacordado.
Ele melhorou depois desse dia, foi para o quarto e uma semana depois teve alta, e ficou aos cuidados da irmã dele a Edna, que morava próximo ao prédio que eu morava e todos os dias eu ia com o Nê, lá para vê-lo. Queria fazer seu filho estar presente, naquele momento difícil de sua vida. Mas ele continuava alheio a tudo tb, ele não me olhava direito, sentia vergonha, do estado que ele se encontrava, cheio de cicatrizes, apesar de ter feito várias cirurgias e plásticas.
Quando ele melhorou um pouco, marcamos de ir registrar o nosso filho.
Fui lá na casa da Edna e como me sentia da casa, fui entrando, quando escutei o Edinho dizendo o seguinte para a Edna, na cozinha: Puxa vida, logo agora que o Beto tem o negócio dele com vc, ele vai me arrumar um filho, que coisa viu! (oBeto e a Edna, tinham aberto uma farmácia na Freguesia do Ó, com o dinheiro de uma herança, que eles receberam, do irmão deles o Carlos, e a Lucinha tinha comprado uma casa para ela, pq ela morava antes de aluguel) Obs: O Carlos morreu quando meu filho estava c/ uma semana de vida.
Naquele momento que escutei isso, voltei para traz, não deixei eles me verem e peguei sozinha o caminho do cartório e registrei meu filho somente em meu nome. Chorei muito no caminho até o cartório. Eu olhava para o Nê e não me conformava, com o que tinha acabado de escutar. Eu achava que todos ali gostavam de mim, principalmente o Edinho, que sempre ia em minha casa.
Quantas decepções será que somos capazes de suportar???
Evitei de todas as maneiras, de voltar a casa da Edna, aí como o Beto já estava bem, ele foi em casa, e me disse: Ju que dia vamos registrar o Nê? eu disse: eu já registrei e registrei somente em meu nome.
Ele ficou perplexo e disse: como assim? Pq vc fez isso?
Eu apenas respondi: Da mesma maneira que criei meus 02 filhos, apesar de terem sobrenome de pai, crio 0 3º só com o meu sobrenome mesmo. Pq sobrenome pra mim não significa nada.
Ele me disse: não acredito que fez isso!
Aí então fui buscar a certidão de nascimento e a mostrei
Ele me disse: Vc não podia ter feito isso sem me consultar!
Eu: Podia sim
Ele: Pq?
Eu: Pq é melhor assim
Eu não ia impedir que ele visse seu filho, afinal isto seria essencial, na sua vida
Pela atitude que tomei, sem ter lhe contado a realidade, ele achou que eu não o queria mais
E o pior de tudo, é que como ele era paradão mesmo, sem atitudes, começou a ir muito pouco em casa e nunca fez nada pelo filho dele, nem nas vezes que ele ficou doente.
O Nê sempre foi uma criança encantadora, nunca chorava, era uma criança feliz, transmitia uma paz e uma alegria fora do comum. Não tinha quem não se apaixonasse por ele. Sempre muito obediente, observador e muito carinhoso. Fato este que me deixava mais cheateada ainda, como se ele estivesse sendo rejeitado.
Acho que a única coisa que o Beto lhe deu foi um cobertor, que a Edna comprou. A familia dele era muito materialista, coisa que eu nunca fui...
Nessa mesma época, minha avó sofreu um derrame e foi internada, chegou a morar um pouco c/ a minha tia, outra filha dela: Maria Amedea ( a tia Pitoka) Mas voltou a ser internada, e nunca mais melhorou. Ela perdeu sua lucidez e morreu.
Não vou escrever muito sobre isso, senão não consigo terminar esta história, a única coisa que posso dizer é que ela levou um pedaço de mim, com ela.
Minha avó Julia: A pessoa mais importante da minha vida: mãe, amiga, companheira, eu amo vc, ontem, hoje e sempre...
Com a perca da minha avó, caiu a ficha da minha mãe, para várias injustiças que ela havia cometido e ai então ela passou a ser mais mãe.
Minha mãe e o marido dela se aposentaram juntos. Antes nós 3 trabalhavamos na mesma empresa. Com a aposentadoria deles, compraram outro apartamento e se mudaram e eu voltei a morar lá, não precisando mais pagar aluguel
Eu tentei fazer o Beto mudar, mas nos últimos tempos ele me dizia o seguinte: Ju vc merece um homem melhor, na sua vida. Eu não sou nada, nem ninguém. Jamais eu cumpriria o papel de homem que vc quer, na sua vida. Eu não me sinto na condição de ter uma mulher como vc, vc é inteligente, capaz de tudo, a mulher mais lutadora que eu conheci, mas um dia vc com certeza me traíra, pelo tipo de vida que levo, pelo estado que fiquei hoje, e vc merece o melhor. Eu não sou o melhor.
Foi então que lhe disse o motivo pelo qual eu não havia deixado ele registrar o nosso filho. Para tudo tem sua hora.
Ele não se conformava c/ o que eu lhe disse e ele me disse o seguinte: Ele não tinha o direito de dizer isso, pq ele mesmo me diz que graças a vc eu não estava morto.
Vc foi a pessoa que ajudou-me a resolver a maioria de meus problemas e sempre viu saída para tudo. Não é justo e não vai ficar assim.
Então lhe disse: Já se passou muito tempo, e eu não quero que vc tire satisfações, pq nem ele sabe que eu ouvi isso.
Ele foi embora
Estavamos próximos ao natal e eu passei o Natal com a família dele na Freguesia do Ó, na casa da irmã dele (mas só passei lá mesmo por pura falta de opção)
Nessa época eu havia me apegado muito a Gel e as meninas dela que naquele momento eram as pessoas que eu mais confiava, e elas sabia de toda a minha vida. Na casa delas eu me sentia em casa.
Inclusive elas sempre foram contra do meu contato c/ a família do Beto, e não lhes tiro a razão, mas eu não era de guardar mágoas.
Depois daquele natal o Beto esteve em casa de novo e me disse o seguinte: Me perdoe por todo o mal que lhe fiz, quero ter minha vida c/ vc e os meninos, quero reparar tudo
E disse tb: Vamos recomeçar, me dê essa chance!
Eu disse a ele: Não acredito mais em vc
E ele: Uma vez vc me disse o seguinte, quando eu estava no hospital: Me deixe cuidar de vc! E mesmo que desse acidente tivesse sobrado de vc apenas uma orelha, eu iria amá-la da mesma maneira, eu lhe pediria que me deixasse cuidar dela. Vc se lembra disso? Foi isso que me fez reagir e sair logo do hospital
Eu jamais imaginava que ele tinha escutado isso. Aí lá vou eu: cai no choro de novo
Eu disse a ele: Vamos tentar
E ele me disse animado: Amanhã vamos levar as crianças ao zoológico?
Eu fiquei feliz, pq nunca esperava uma reação, nem tão simples como essa, vindo dele!
Agora diz uma coisa pra mim: Vc apareceu para irmos ao zoológico no dia seguinte? Nem ele...
Tudo continuou exatamente da mesma maneira que era antes. Separados um do outro. Mas como eu já estava acostumada c/ isso, nem me liguei muito a esse assunto.

26 - A turma do serviço e do bairro



No meu novo emprego, fiz tb muitas amizades e me diverti muito lá tb, inclusive coloquei o meu amigo Murilo, lá na Cacique tb, e ele me chamando de maninha todos achavam que era meu irmão. O Murilo é nordestino, e me fazia passar por cada situação ali, que só me colocava em apuros, por causa das brincadeiras dele
No horário de almoço íamos em um restaurante, todos juntos e depois até dar a hora de entrar, ficávamos sentados no canteiro bem em frente a Av. Marginal, conversando
Lá eu trabalhava muito tb, fazia muita hora extra
No novo apartamento que aluguei, consegui arrumar tb uma babá para cuidar dos meus filhos, dentro de casa mesmo. E para mim foi bom, pq ela cuidava da casa e de meus filhos.
Eu havia me apegado muito ao Beto, pq como morávamos no mesmo prédio, nos viamos muito. O problema era que ele tinha muito problema e eu tentava resolvê-los sem serem meus. Mas se ele fosse um homem lutador, as coisas seriam diferentes, pq ele tinha tudo para ser alguém e nunca ligava para nada. Ele trabalhava c/ o irmão em uma farmácia, na Barra Funda. A familia dele inteira era complicada, a Magda e a Edna bebiam demais, o Edinho que era o irmão que ele trabalhava junto na farmácia dele, era moralista, o Carlos agente quase não via, apesar de morar lá tb e só uma das irmãs a Luci, que era mais normal e que mora na Freguesia do Ó, que era mais sensata e eu ia sempre na casa dela. Passei muitos natais e ano novo na casa dela.
Duas vezes, em épocas de Carnaval, fomos para a praia em turma, e curtimos bastante: Eu, meus filhos, o Beto, o Dú, o Betão, o Dinho, o Denis, a Jô (mãe do Denis), minha mãe, a Luci (irmão do Beto) o Carlos (namorado da Luci), a Gi, a Simone e o marido dela o Alexandre, que eram amigos lá do bairro mesmo e foram mais duas galinhas, que eu não conhecia (mas essas duas galinhas, só foram uma vez, na 1ª).
Uma vez na praia o Denis resolveu colocar meu filho, o Juninho no ombro e sair pulando o carnaval na Avenida, e meu filho caiu para trás de lá de cima. Meu Deus, que susto nós tomamos nesse dia, pq o Juninho caiu de cabeça e ficou passando mal. Fomos todos ao hospital e no hospital, o médico examinou disse que eu não o deixasse dormir e que se caso ele vomitasse que eu deveria voltar correndo c/ ele ao hospital.
No caminho de volta ao hospital, o Denis resolve parar em uma lanchonete e aposta c/o Juninho quem bebe o refrigerante mais rápido e por causa dessa aposta o Juninho querendo ganhá-la, com a rapidez que bebeu, acabou vomitando. Isto tudo eu não vi, pq eu estava lá fora da lanchonete e ninguém teve coragem de me contar.
Quando estavamos indo embora para a casa da praia, o Denis sumiu, aí ficamos procurando ele pela praia, e como o Juninho não podia dormir, foi até bom pq andando ele não teria sono. Acho que depois de umas 2:00hs só que fomos encontrá-lo e saindo da praia, isso já era de madrugada.
Coitado do Denis, ele tinha entrado na água, para chorar pelo que tinha acontecido e achando que eu estava louca da vida, c/ ele pelo que tinha acontecido, inclusive por não me dizer que o Juninho tinha vomitado e tinha ficado c/ medo de me contar, isso. Então ele disse: eu amo seus filhos e não foi por mal
Aí eu o abraçei e disse: Denis, o que aconteceu c/ vc poderia ter acontecido c/ o Juninho no ombro de qualquer um de nós. Não estou te culpando de nada. Só vamos voltar ao hospital, pq ele vomitou e é melhor prevenir, não é?
Ai, volta todo mundo para o hospital, o engraçado foi que ninguém quis voltar para a casa.
No hospital, o médico disse que ele só havia vomitado, pela rapidez que ele tomou o refrigerante.
E ficou tudo bem, só que todos ficaram entretendo o Juninho por pelo menos 12 horas e todos vigiaram ele para que ele não dormisse...rsrsrs
A Gi, era a criatura mais engraçada da turma, inclusive ela ria tanto por qualquer coisa, que acabava se mijando, até na rua! Uma vez nós estavamos no Playcenter, que em um dos brinquedos que ficava de cabeça pra baixo, ela se mijou tb, e o pior detalhe: ela tava comigo lá em cima de cabeça pra baixo.
Falando das duas galinhas que foram conosco: Essas duas meninas que eu nunca tinha visto, tinham ido conosco, pq eram amigas da Jô. Vc acredita, que elas não queriam fazer nada na casa, com relação a arrumação dela, a preparar almoço ou janta e que só queriam ficar passando bronzeador, nos meninos?
Pois é, mas eu e o Du acabamos com a graça delas, pq eu tinha quebrado um pau tremendo c/ o Beto por causa disso.
Então o Du chegou nelas e disse: Bom realmente nós não conhecemos vcs, somos uma turma fechada, vcs estão agindo de uma maneira, que está fazendo as meninas pegarem uma certa antipatia por vcs, e o negócio não tá legal na casa, tá gerando um clima muito ruim!
No dia seguinte as duas galinhas foram embora, que alívio. Mas por causa disso tb, nossos útimos dois dias na casa, eu não quis falar c/ o Beto, pq ele era alheio a tudo e não achou maldade nenhuma aquelas criaturas, querem lhe passar bronzeador, nas costa, quando ele estava deitado, na praia. Vcs acham??? Ele estava comigo ou não???
O sentimento de posse, pra mim sempre foi marcante em minha vida e não é que eu era moralista, mas existe limíte para tudo, vcs não concordam???

25 - Pessoas importantes, em nossas vidas


Um certo final de semana eu estava na casa da minha mãe, visitando a minha avó e conversando c/ ela, estavamos recordando coisas do passado, e foi quando ela me disse: Ju vc nunca mais viu o Elson? (O do namoro na TV)
e eu disse: nossa vó, desde aquela época nunca mais o vi
ela: vc não tem o fone dele?
eu: Nem sei, pq?
ela: pq sonhei c/ ele, eu gostava tanto dele
eu: Verdade vó, ele foi o homem mais interessante que namorei até hoje, rsrsrs.
Pq vc não liga para ele, para saber como ele está?
Aí fui procurar o fone dele e encontrei, então resolvi ligar, eu estava meio brigada c/ o Beto por causa do comodismo dele. Enquanto eu era super ativa, não parava quieta,cheia dos afazeres ele era paradão, querendo que o mundo acabasse em barranco, para morrer encostado
Liguei, me disseram que ele estava morando em Sorocaba, mas que 2 vezes por mês ele ia ver a mãe e então deixei um recado para quando ele aparecesse me ligasse, mas eu não me identifiquei com meu nome, eu deixei o nome de minha mãe e o fone, disse que eu era fornecedora de acessórios p/ a loja dele e que precisaria falar c/ ele urgente. (eu fiquei c/ medo de me identificar, pq vai que ele estivesse casado e eu atrapalhasse alguma coisa, não é?)
No dia seguinte, chegando do serviço, passei lá na minha avó e quando cheguei ela estava ao fone.
Ele no fone: Qual seu nome? Elson? Vc quer falar c/ a Maria Helena?
Aí minha avó deu risada e disse: só um momento e me passou o fone
Eu: Alô, boa noite, tudo bem?
Ele: Boa noite, tudo bem e vc? Qual é a sua empresa? Não estou me recordando do meu nome!
Eu: E de minha voz, vc se recorda?
Ele: Ela me é familiar sim, mas não sei de onde
Eu: Elson, aqui é a Ju, dei o nome de Maria Helena, pq não sabia quem havia atendido o fone quando liguei e fiquei sem graça em me identificar, pq se caso vc estivesse casado e fosse sua esposa que tivesse atendido o fone, ficaria chato esse telefonema, né?
O fone estava mudo, e eu pensei: Caramba ele casou e desligou...
Aí eu disse várias vezes alô e quando eu ia desligar, pq o fone estava mudo ele disse: Eu não me casei não! Não acredito! Onde vc está??? E seu marido???
Eu: Eu me separei, já faz um tempinho, como vc está?
Ele: Ju, que saudades menina, agora estou ótimo e vc?
Eu: Estou bem tb! O que está fazendo em Sorocaba?
Ele: Eu quero te ver! Aí então te conto...
Aquele dia era uma segunda-feira e quando foi sábado ele apareceu em casa.
Ele estava muito feliz, ficou encantado c/ meus filhos. Não sabia o que fazer para agradá-los. Todos os brinquedos eletronicos que eles tinham que estavam encostado, quis consertar, e acabou passando mais tempo c/ eles, domque comigo mesma. Com é maravilhoso encontrar alguém que dá tanto carinho para os nossos, não é mesmo!
Quis fazer um churrasco, me fez convidar meus amigos. Foi um perfeito anfitrião rsrsrs. Aliás ele não sabia o que fazer para me agradar.
O Beto, não estava nem aí para mim mesmo, pq eu não poderia ter o gostinho de estar c/ alguém que simplismente me queria tão bem e era tão querido, principalmente por tanto tato que ele tinha c/ as pessoas
Não teve uma pessoa sequer que não tivesse gostado dele. Ele era humano, sincero, amigo e prático.
Aquele final de semana foi maravilhoso para mim...
Trabalhei, muito pouco tempo na Cazi Química, pq ela se mudou para Barueri e era completamente fora de mão para mim. Cheguei a ir para lá tb, mas era muito cansativo. E apesar de meu salário compensar, não tinha como eu continuar a ir para lá, pq eu demorava 2:30hs só para chegar lá, tinha que madrugar para sair de casa e quando eu voltava chegava muito tarde. Eu não trabalhava aos sábados, mas passava os finais de semana muito cansada.
Minha mãe trabalhava na Transportadora Cacique, lá na Casa Verde, (ficava em frente ao Playcenter, do outro lado da Av. Marginal) e então ela me perguntou se eu não queria ir para lá, pois estavam precisando de alguém no depto. pessoal e era um depto que eu conhecia muito bem tb. Aliás aquele escritório de contabilidade que eu havia trabalhado muito tempo fazia a contabilidade deles e eu conhecia toda a rotina da empresa que minha mãe trabalhava, então saí da Cazi e fui para a Transp. Cacique. O salário não era aquelas coisas, mas como eu havia encontrado um apto. para alugar, no prédio que minha mãe morava e era mais barato, resolvi me mudar, aliás era tb mais seguro
Em minha transição de sair da Cazi e começar na Cacique, tive uma semana de folga para me mudar e nesse meio cheguei a me encontrar c/ o Elson um dia, e ele me levou na loja dele da V. Maria, que ele havia deixado p/ os pais dele e tb na casa da mãe dele.
Conheci alguns amigos dele do bairro e até comer pastel na feira fomos rsrsrs
O Elson me disse, na época que eu me casei ele havia feito uma cirgurgia para não ter filhos, que ele tinha 05 anos para reverter essa operação e não reverteu (coisa que não entendo até hoje, pq ele se dava muito bem c/ crianças, pelo menos c/ meus filhos ele foi maravilhoso), que tinha uma fábrica de couro em Sorocaba, que havia passado por maus momentos, pois a fabrica tinho sofrido por um incêndio, ele tinha sofrido um acidente tb e me disse alguns episódios que eu não sabia, que me fizeram refletir muito (eu pensei naquela época: como pode alguém como ele, ter um coração tão grande, ser tão maravilhoso e passar por tantas coisas?) Todos tem seus problemas, não é? Ficamos tantas vezes desesperados pelos nossos problemas que esquecemos que não existe ninguém que não tenha passado por algum desgosto, alguma fase ruim na vida
O Elson era um homem maduro, equilibrado, com um carater incomum, lutador e digno.
Foi então que ele me disse: Ju eu pretendo ir embora do Brasil, quer ir embora comigo???
Ele não podia ter me dito aquilo, pois acabei me afastando dele. Eu sou meio doida mesmo, agi muito mal. Eu estava fugindo de que? Tinha medo de que? Não me entendo até hoje!

24 - A Carta psicografada


Quanto ao Beto, a gente namorava, mas faltava muita cumplicidade um com o outro, ele vivia em um mundo bem diferente do meu, eu estava amadurecendo e ele estava empacado.
Lembram daquela amiga, que eu comentei que trabalhava c/ a minha mãe? (aquela que diziam que era meio bruxa?) a Elizete? Então ela era meio vidente e já não mais trabalhava na mesma empresa que minha mãe trabalhava, ela era vendedora de uma Ind. química farmacêutica que se chama: Cazi Química e me indicou para trabalhar lá, pq assim eu não precisava mais trabalhar p/ duas empresas, afim de me manter sozinha c/ meus filhos.
Sai do escritório de contabilidade e resolvi ir para a Cazi, que ficava na V. Mariana. (este foi o motivo pelo qual, perdi o contato c/ o Gustavo, pq eu não sabia o endereço dele nem ele o meu).
Trabalhando na Cazi: Por um motivo muito estranho do destino eu tive que passar por esta empresa.
Apesar de toda minha alegria aparente, eu não me sentia uma pessoa feliz. Nesses tempos tb eu lia muito romances psicografados e eu era doida para conhecer um centro de mesa branca (Alan Kardec) e eu havia descoberto que ao lado dessa indústria que eu trabalhava, havia uma casa onde faziam essas reuniões as sextas-feiras e era as 19:00. E resolvi ir conhecer Só existia um problema: Nas sextas-feiras eu saía do serviço mais cedo: 17:00hs e não daria tempo de eu ir pra casa e voltar para a reunião e então resolvi matar o tempo por lá mesmo, como estava sempre c/ um livro na bolsa, eu tinha como matar o tempo que faltava. Saí do serviço, fui fazer um lanche e depois fui até o metrô V. Mariana, para esperar o resto do tempo passar lá. Sentei-me e abri o livro para ler.
O que vou contar agora, foi um momento único, verdadeiro e vivido por mim: Estava lendo o meu livro que inclusive chamava-se: Esmeralda, e de cabeça baixa, mas é lógico que mesmo de cabeça baixa tem como vc notar o movimento das pessoas, né? Ai vejo que a minha frente, passou uma pessoa indo no sentido a direita, mas só anotei pq ela estava com uma sacola na mão, até era a sacola do Supermercado Pastorinho (nossa, quando detalhe eu digo, né?) Pois bem, aquela mesma sacola que estava sendo segurada por uma senhora, retorna e vai pelo sentido a esquerda, e volta. Ai então essa Sra, parou a minha frente e eu ergui os olhos para vê-la. Foi então que a Sra. c/ um sorriso nos lábios me disse o seguinte: O lugar que vc está querendo ir hoje não é bem o lugar que vc deve ir, então eu gostaria de lhe passar um outro endereço. Obs: Caramba, eu não havia dito a ninguém onde eu estava indo aquele dia. Eu não disse nada, pq fiquei sem ação, aí então ela me disse: Vá ao Grupo Noel, pq é lá que vc deve ir, fica na Av. Domingos de Moraes, mas hoje, não me recordo o nº que ela disse. Aí ela tomou o livro de minhas mãos e com uma caneta ela escreveu um nº de telefone na contra capa. então continuo a dizer: se vc não encontrar este nº me ligue que eu te explico, ok? Vá c/ Deus e foi embora. Eu me senti zonza naquele momento, pq aí então eu já não estava entendendo mais nada. Do nada eu me levantei e senti que uma mão me empurrava aquele endereço, que cheguei. Exatamente no lugar certo. É lógico que eu sabia onde era a Av. Domingos de Moraes, mas não sabia se aquele numero era para a direita ou para a esquerda, e fui empurrada para a esquerda. Aparentemente não tinha ninguém atrás de mim me encaminhando. Chegando lá, tinha uma Sra de bastante idade na porta, que até pouco tempo me recordava seu nome, mas que agora me fugiu por completo seu nome, talvés seja justamente pq não possa citar aqui, sei lá! Pois bem, aquela doce Sra. quando me viu se encaminhou a mim e me disse: o que vc está fazendo hoje aqui? E eu disse a ela: sinceramente não sei! E ela: Mas eu sei, minha filha, procure um lugar lá dentro para sentar e aguarde E eu disse: tá bom!!! (que loucura, o que era tudo aquilo?) Procurei um banco bem no fundo e aquele salão de repente estava repleto de pessoas e logo a frente havia uma mesa bem comprida, coberta por uma toalha branca e c/ jarros de água e copos, em cima dela! Um fato que atentou a minha curiosidade foi que na mesa estavam sentados dois atores muito conhecidos: O Dionizio de Azevedo (que sempre fazia papel de padre em novelas) e a esposa dele que tb era atriz: Flora Geni. Eu sabia, por alto, que recentemente eles haviam perdido um filho, em um acidente. E tinham mais umas 06 ou sete pessoas senados aquela mesa tb. Aí apagaram as luzes e apenas uma luz fraca clareava a mesa. E começou a sessão!!! Logo de inicio, fizeram uma preces e a elevaram a Deus, começaram a passar palavras muito lindas, como se fossem poemas, versos, prozas que emanavam muita positividade, foi quando aquela Sra, que me recebeu no inicio, disse: Hoje iniciamos nossos trabalhos, com mensagens de muita luz, e hoje tb temos aqui um espírito que a felicidade dele é tão grande de ver sua ente querida aqui que está até atrapalhando nossa sessão, de tanta emoção que ele está sentindo! Eu sei que nessa hora eu acabei dormindo no banco que estava sentada, e depois não sei de quanto tempo acordei de novo e escutei muitas mensagens lindas, e logo a seguir adormeci de novo. Conclusão eu me sentia como se estivesse dopada, até comecei a achar que aquele lanche que havia feito antes de ir parar ali tinha algum calmante, ou sei lá o que! Durante todas as vezes que eu acordava eu escutava aquela mesma frase: a felicidade de um espirito que aqui se encontra é tão grande que está atrapalhando nossa reunião. Cada vez que eu acordava me sentia mais leve, mais calma. Como se eu estivesse sobre efeito de drogas e nada eu tinha tomado ali, nem água. Ali eu me sentei e ali eu fiquei, durante o tempo inteiro Notei que todos que estavam à mesa, estavam escrevendo, com os olhos fechados e alguns escreviam muito rápido. E aquela luz era tão fraca que mesmo se estivessem de olhos abertos, não estariam enxergando o que escreviam. Eram folhas mais folhas de papel almaço. A última vez que eu acordei, acredito que a sessão estava terminando, pq acenderam as luzes e aquela Sra, começou a falar, (estas palavras eu nunca esquecerei, por toda minha vida) com uma voz muito doce: Dentre aproximadamente 200 pessoas que hoje estão aqui, 20 foram as privilegiadas a receberem mensagens de seus entes queridos. E gostaria de começar, por aquele espírito que está aqui hoje tão feliz, por sua filha estar aqui: De Flavio da Fonseca Suzano(meu pai), para sua filha: Julieta Santoni Suzano (eu). Vc não sabe e nem eu sei o que senti naquele momento e não sei descrever, pq me sentia muito leve e preparada para receber aquela carta, em minhas mãos. (aquele sono que eu tanto caía era como se estivesse me preparando para receber aquilo) Levantei-me e fui lá na frente buscar. Eram 04 folhas de papel almaço e era a letra de meu pai (sabia sobre a letra, pq desde pequena eu havia guardado um desenho que ele havia feito, com uma dedicatória para mim) Naquele papel estavam escrito coisas, que estavam guardadas em meu íntimo, coisas só minha mesmo. Estava escrito sobre toda a tristeza que eu sentia, tudo o que eu pensava e nofinal dela estava escrito assim: Minha filha querida, como Deus Pai é bondoso, de me permitir chegar-me a vc, nesta data, minha felicidade é tamanha, que não aguento de felicidade! Por quanto tempo eu esperei por este momento. Receba meu abraço de pai carinhoso, lembre-se que quando vc pensar, que ninguém é por vc, estou eu aqui, vibrando por vc, pedindo e intercedendo a Deus Pai todo poderos, por vc. Em sua vida sempre se apresentaram pessoas a sua frente, para que vc ajude e só faça o bem, sempre confie, ajude quem precisa, sem medir a quem. Eu amo vc e estarei sempre zelando por ti! Eu desmoronei, em prantos copiosos. Era tudo o que eu precisava, naquele momento Uma observação: Quando saí de lá abri o livro para ver novamente, o nº de telefone que aquela pessoa que encontrei no metrô havia anotado, e não tinha nada, escrito ali... é a mais pura verdade. Não sei dizer se aquela carta veio a mim em boa hora, pois somente hoje, apos 18 anos que compreendo aquela carta, em seu extenso conteúdo e completo. E quando eu a recebi, acredito que ainda não era a hora, pois aquela carta em vez de me trazer conforto, me deixou confusa, comecei a duvidar de minha mãe, em algumas coisas e praticamente a ataquei c/ palavras. (um resumo: meu pai quando eu tinha 8 anos de idade, se suicidou, aos 33 anos, por causa de tanto ciúmes que ele sentia de minha mãe) e recebi essa carta aos 23 anos de idade. Sabe que dia foi esse que estive lá recebendo essa carta? Dia 25 de julho, data de seu aniversário, que seria em vida. Digo que não recebi a carta no momento certo, pq me revoltei c/ minha mãe e comecei a ir atrás de fatos que o levaram a cometer o ato que cometeu... Cheguei a levar esta carta, para a minha avó, mãe de meu pai, vê-la, e quando ela a pegou nas mãos já sabia que a carta vinha exatamente de seu filho, pois chorou muito, como eu nunca havia a visto chorar. Como eu lia muto livros psicografados, me aprofundei de mais e por eu não ter a instrução apropriada, fiquei meio abilolada! Até que resolvi procurar uma igreja evangélica, onde cometi um de meus maiores erros: Deixei o pastor rasgas aquela carta, pois ele disse-me que aquele não era meu pai, e sim uma coisa ruim usando o nome dele, para que eu pirasse mesmo. Cheguei até ser batizada nessa igreja. (Universal) Como fui burra! Que ignorância a minha! Como eu queria ter essa carta em minhas mãos, hoje. Se bem que não a tenho, mas todo o seu conteúdo está gravado em minha mente. E peço perdão pelo que fiz, movida pela falta de instrução. Hoje sei que Deus, está dentro de cada um de nós, através de nossos atos, através de boas ações, de um bom coração. Ele está em todos os lugares e vc o encontra onde mais precisar, seja dentro de uma casa, de uma igreja, de um centro espírita, onde só recebemos bons conselhos, uma boa palavra e um bom aprendizado, seguindo as leis de Deus.

28 de mar. de 2007

23 - Recomeçando a viver...


Fiz amizade c/ minha vizinha que morava em frente ao meu apartamento, o nome dela é Gel que a tenho como uma irmã, inclusive ela tem 02 filhas maravilhosas chamadas Michele e Larissa.
A Gel é aquela pessoa pé no chão, super hiper amiga e me dava muitos conselhos, as vezes eu só escutava, não seguia e quebrava a cara, mas isso é de mim mesma, sou meio cabeça dura e não tem jeito.
A Gel me ensinou a valorizar mais as pessoas e as coisas, me ensinou a descer das nuvens pq eu era sonhadora por demais da conta, me ensinou a ser menos ansiosa, a saber esperar o tempo certo para certas coisas, "tentou" fazer eu ser menos possessiva, "tentou" fazer eu enxergar a vida por outro ângulo, me ensinou a ser mais discreta, digo isso pq eu sou o tipo da pessoa que não pensa muito antes de falar, vou soltando minhas e na maioria das vezes acabo magoando alguém, mas isto tudo tb pq sou uma pessoa extremamente sincera e não fico de rodeios quando quero expressar algo. Enfim a Gel começou a me ensinar a recomeçar minha vida...
Eu ainda trabalhava no Bom Retiro, no escritório do Contador e a Katia morava bem próximo, ai então um certo dia resolvi fazer uma visita para ela, no meu horário de almoço, mas infelismente ela não estava, mas foi maravilhoso rever a mãe e os irmãos dela. O Chato mesmo era contar o que tinha acontecido, sobre a separação e tudo que rolou, o que fazia eu me sentir muito mal ao ter que relembrar tudo.
Quando saí da casa dela, já saí meio pra baixo, pelo fato de eu ter que relembrar tudo aqui, aí estava dobrando a Rua do Italianos e advinhem c/ quem me deparo??? Com o Gustavo (o Judeu) Nossa, que alegria vê-lo, tudo que ele havia falado pra mim naquela época antes de eu me casar, que fez eu me ofender, sumiu completamente de minha mente, pois o olhar dele acabou c/ essa distância que nos separava. Nos demos um abraço tão forte, que caí no choro em seu ombro, acabando por molhar toda sua camisa, com minhas lágrimas. Como ele estava lindo, eu fui tão apaixonada pelo Junior que não notava a beleza que o Gustavo emanava, uma beleza externa e interna. Quase não trocamos palavras, pois aquele abraço falava por nós. Eu nunca havia abraçado o Gustavo.
Ele me disse assim: Minha menina, como eu tentei fazer vc entender o que precisa!!! Mas não consegui, tudo foi em vão. Me perdoa Ju!
Eu disse a ele: Quem está dentro nunca enxerga o que os outros veêm de fora, não é mesmo???
Continuamos abraçados, por muito tempo. Eu fiquei tão feliz em vê-lo e nem tinha percebido o tempo passar, já estava quase na hora de eu voltar ao trabalho. Então combinamos de jantar na próxima semana, mas como eu estava tão atrasada esquecemos de trocar telefones ou endereços, e eu acabei esquecendo do dia que marcamos o encontro, e por mais uma vez nos desencontramos novamente e desde esse dia nunca mais o vi! Como lamento por isso...
Na nova casa que eu havia alugado, não passei bons momentos tb, pq fui assaltada duas vezes. A casa ficava vazia durante o dia, pq a babá cuidava de meus filhos, na casa dela que era no prédio que minha mãe morava e por duas vezes entraram pelos fundos e me levaram quase tudo.
Eu trabalhava muito e aos sabados e domingos, ainda trabalhava em casa, pq para aumentar meu salário, pq tb tinha um aluguel à pagar, eu havia pego um serviço extra, com uma contadora, do centro da cidade e passava os dias de sábado e domingo em cima dos livros fiscais. Para vc ter uma idéia, os meus amigos: Rosangela e Eduardo, sempre estavam em casa comigo, nos finais de semana e acabei ensinando eles, a fazer escrituração fiscal e além de me ajudarem, com os livros, aprenderam tb uma nova profissão: auxiliar de escrita fiscal e até coloquei a Rô em um dos escritórios daquela contadora. Quanto ao meu amigo Dú, que aprendeu com muita rapidez tb, ele começou a colocar esse aprendizado em disquetes e fez programas para poder usar-mos tb e facilitar nosso dia a dia, até folhas de pagamento elaboramos juntos, pq tinha começado a era dos computadores e aí então ele me apareceu com uns programas: o format, o formax, o Lotus 1, 2 e 3 (que eram usados antes do sistema do Windows) que foram muito úteis para mim. Pq eu ensinava a ele uma coisas e ele me ensinava outras. Grande amigo o Dú, ele estará sempre dentro de meu coração.
Nessa mesma época o Murilo tinha dado uma sumida e estávamos muito preocupados c/ ele. Nossa preocupação era que ele estivesse envolvido c/ alguma galinha, pq ele se apaixonava c/ facilidade, por essas coisinhas. E a gente vivia tirando ele de frias (aliás a Cris que saía c/ a gente era uma tb e ele foi apaixonado por ela) Foi um sufoco pra fazer-mos ele enxergar c/ quem ele estava metido, aí do nada ele some!!!
Foi então que o Betão havia aparecido lá em casa e nos disse que o Murilo ia se casar. Aí pronto, já imaginamos: outra galinha no pedaço!!! e o Betão disse que no próximo final de semana o Murilo ia aparecer para entregar os convites de casamento.
Eu e o Du ficamos desesperados, pq não conheciamos a garota! Então tramamos o seguinte: quando ele viesse nos entregar os convites, eu iria trancá-lo em casa até o dia seguinte do suposto casamento.
Até hoje, não sabemos como que o Murilo soube de nossa trama, pq o filho da mãe não apareceu e nós nem fomos no casamento dele tb.
Aí passou + ou - uns 06 meses e o Betão nos disse que sabia onde o Murilo estava morando. Vc acredita que naquela mesma hora, fomos atrás dele?
Chegando na porta da casa dele, tocamos a campainha ai sai uma baixinha de lá de dentro: Pois não!!!
E eu já tomei a frente e disse: Nós somos amigos do Murilo e viemos visitá-lo
Aí ela ficou olhando bem pra mim, me medindo e do nada disse: Então vc é a famosa Ju? Que eu não aguento mais escutar o nome?
Não tinha como né? Eu ri, aliás todos nós rimos muito. E sai esse filho da mãe de lá de dentro e quando nos vê corre e nos abraça e ainda diz: Pronto D. Ana é esta aqui e aponta para mim!!!
Até que enfim, o Murilo estava c/ uma mulher direita. Nem acredito até hoje que ele consegui isso.
A Ana, esposa do Murilo é uma criatura maravilhosa, encantadora mesmo... E eu adorei ela, aliás a turma toda adorou depois que todos a conheceram, aí quase todos os finais de semana estávamos lá fazendo bagunça na casa deles... rsrsrs
Eles tiveram uma menina linda, de nome: Julia Scarlet e hoje eles tem + uma menina linda. Familia inteira nota 10. Moram todos em meu coração, mesmo estando distantes, pq até hoje mantemos contato

22 - Liberdade???


03 dias após o Junior ter ido embora, entrei em contato c/ a última empresa que eu havia trabalha (Stemcar) e me contrataram de imediato, porém quando aquela empresa que eu havia trabalhado antes (o escritório de contabilidade) soube que eu havia me separado e que souberam tb que eu havia voltado a trabalhar me procuraram e me fizeram a proposta de me pagarem o dobro que a Stemcar estava me pagando e que ainda me liberariam todos os direitos, da época que eu os abandonei!!! Puxa, eles foram muito gente comigo, e acabei ficando apenas 01 mês na Stemcar, voltando a trabalhar no escritório de contabilidade do Boanerges.
Conclusão: graças a Deus, ao meu profissionalismo e as pessoas que cativei, durante o tempo que eu trabalhava antes, foi muito fácil retomar a minha rotina do serviço. Aliás eu não sei como pude passar tanto tempo em casa, nunca fui uma dona de casa rsrsrsrs. E em pouco tempo comecei a manter a minha casa melhor sozinha do que acompanhada.
Uma observação: Quando vc está c/ alguém, vc espera que esse alguém se encarregue de tudo, a gente acaba se acomodando e esperando que os outros advinhem o que realmente queremos e isso é um erro, pois sozinhas sabemos que tudo depende da gente somente e vamos a luta, muito mais fácil, com muito mais garra e vencemos os obstáculos que se apresentam a nossa frente. Em menos de 01 mês eu supria muito melhor minha casa que meu próprio marido e pq então eu esperei tanto tempo para me mexer? Incertezas, medo de fracassar, medo de estar sozinha e não conseguir! Mas tudo isso é uma reação normal, como se vc estivesse dormindo e de repente recebesse um choque, que a fizesse acordar para a vida...
Sempre pensei assim: O impossível, só existe na mente dos acomodados, e fui tocando meu barco como podia.
No 1º final de semana, depois da separação, recebi a visita daquele amigo do meu ex-marido (o Cosme). Vc acredita que ele tocou a campainha, lá de casa, na maior cara de pau, e disse que tinha ido buscar umas coisas do Junior, que ele havia pedido e quando eu fui lá para dentro buscar, quando voltei ele estava deitado no sofá de minha sala???? Mas não era muito safado??? Aí fiquei pensando: será que foi o Junior que tinha pedido para ele fazer isso???
Dei um berro c/ ele e disse: Onde vc pensa que está??? Em um bordel, seu sem vergonha??? Levanta já daí, que não lhe dei essa liberdade, seu safado. Acabei empurrando ele lá pra fora e nem entreguei as coisas do meu ex-marido.
Assim que coloquei ele para fora de casa, liguei para o Junior e disse a ele que, ele e o amigo dele eram pessoas nojentas, muito sujas e que ele jamais enviasse aquele sem vergonha na minha casa. Pode uma coisa dessa??? Vc acredita nisso???
Uma semana depois o Junior comecou a me ligar, me pedir perdão e dizer que estava tentando me dar uma lição e quem havia tomado lição tinha sido ele. Que eu relevasse e o aceitasse de volta.
E ainda dizia que se eu não voltasse para ele ele ia se matar e sempre aquele blá, blá, blá...
Ai eu disse para ele: Jamais, eu não volto c/ vc por nada nesse mundo
E ele: Pq tá saindo c/ o vizinho aí do lado?
Eu: Vc é um cretino, pra dizer uma coisa dessas para mim
Ele: Se vc não quer voltar comigo significa que vc está interessada em alguém, e esse alguém só pode ser o vizinho
Eu: Não estou pensando em ninguém, somente em criar meus filhos
Ele: Duvido, vc deve estar saindo c/ ele!
Chega!!!!!!!!!!!!!! Soquei o fone na cara dele...
Aquilo se tornou um martírio tb, pq todo dia ele ligava e me dizia esses absurdos
Até que teve um dia que a esposa de um dos primos dele me ligou e me contou uma coisa que me deixou, muito chateada.
Ela me disse o seguinte: Ju, eu estou te ligando pra te contar uma coisa, presta atenção: eu não estou fazendo picuinha mas para vc não se sentir mal, pelo fato das crianças, ainda serem pequenas e para vc tb não se sentir culpada pela separação, eu queria que vc soubesse que antes de vcs se separarem a sua sogra marcou encontros do Junior c/ a Iafa (a judia).
Ele estava te traindo e sua sogra que armou tudo isso.
Pronto, pra mim já estava tudo explicado.
Uma observação: Existe aquela frase hoje: Não cuidou outra levou, não é? (sei que eu abri esse espaço, afinal em um ano dava pra que eu contasse nos dedos as vezes que fui para a cama c/ o meu-ex-marido) então eu fui culpada por isso. Mas nada que justificasse a trama da minha sogra.
Aí então ela me disse: O dia que o Junior saiu dai, ele foi direto morar c/ a Iafa( a judia), mas quando os pais dela souberam disso a ameaçaram de deserdá-la, pois além de serem judeus natos, não aceitavam que ela morasse c/ alguém sem ser casada, e muito menos c/ alguém que não fosse judeu, a não ser que ele se convertesse, mas pelo fato de ele ser casado, eles jamais permitiriam isso, mesmo que ele se separasse legalmente.
Aí então ele foi morar na casa da mãe dele.
Que coisa, não? No dia seguinte a esta revelação minha sogrinha querida me liga e me diz o seguinte: eu não sabia que o Junior te amava tanto, ele chora muito de saudades de vc e dos meninos, por favor reconsidere e deixa ele voltar pra casa
Eu disse: Ué e a Judia???? Bem sínica mesmo, eu fui sabe!
Ela: Ele ama vc, não ela e só agora que eu fui ver isso. Vc me perdoa, mas eu quero ver meu filho c/ vc e a felicidade dele está c/ a mulher e os filhos
Então eu disse para ela: Mas eu não o amo mais e não quero que a Sra, volte a me ligar, entendeu???
Acho que ele tentou voltar umas 30 vezes
A útima vez que ele disse que ia se matar, só pra fazer drama ( pq isso me deixava preocupada, pelo fato de ter um caso semelhante conhecido, a respeito de meu pai)
Eu respirei fundo e bem calme lhe disse: Tudo bem, só que se vc for fazer isso faça direito, tá?
Vcfaz o seguinte: Vai lá em cima do viaduto do Chá ( na época, em baixo desse viaduto, passava carros) e se joga de lá, pq se vc não morrer pela queda, vc morre, pq um carro te pega (pronto, sobre isso ele não falava mais)
Cada vez que ele tentava me convencer e não conseguia, me insultava, me ofendia e me falava do vizinho o tempo inteiro.
Minha mãe, como achava que ele estava arrependido, começou a dizer pra mim: dá uma chance pra ele, quem sabe ele mudou, quem sabe as coisas serão como vc quer, agora!
Pelo menos pelos meninos!
Putz, minha separação não afetou em nada, na vida dos meus filhos, eles eram muito pequenos e ainda não entendiam nada. Pq que eu iria voltar? Para mais tarde nos separar-mos de novo e assim então fazer eles sentirem???
Bom de tanto minha mãe azucrinar minha cabeça, cheguei a marcar 03 vezes encontros c/ ele, mas acabei não indo.
O único encontro mesmo que fui, foi perante o Juíz, pela pensão dos meus filhos, pq em momento nenhum, ele queria saber deles, a não ser que eu falasse que voltaria.
Homem realmente é fogo e esquece quem na realidade está ferindo. E esse era o fato que me deixava c/ mais raiva dele.
Nossa, depois que fomos p/ o forum, aí sim foi o caos, pq ele alegava que eu tinha alguma coisa c/ o vizinho.
Pois bem, ele acabou fazendo eu prestar atenção no vizinho, afinal quem traiu quem??? Eu ou ele???
Quis dar o troco e acabei me interessando pelo vizinho sim, aliás ele me jogou em seus braços. E o mais engraçado, foi que eu fui correspondida de imediato, pq o Beto me disse que desde o 1º momento que me viu, havia se apaixonado por mim. Aí o fato estava consumado, comecei a namorar c/ o Beto.
Mas arrumei a maior encrenca que poderia: O Junior se achou no direito de começar a falar para todo mundo que eu já mantinha relações c/ o Beto, quando ainda eramos casados e até me ameaçava dizendo que iria tomar as crianças de mim. Aí então entrava o interesse pelas crianças (não era cretino? fala a verdade, vai!)
Um belo dia ele mandou o irmão dele, o Rogério ir lá em casa, para buscar o carrinho (Colossus) dele e tb o autorama, que eu havia lhe presenteado em nosso 1º natal, casados. O Carrinho eu deixei ele levar mas o autorama, não! Imagina eu que tinha comprado, ficaria para os meus filhos. E o Rogério ficou todo nervosinho e acabou por me ofender tb!!! O familiazinha, viu!
Namorei c/o Beto durante 04 anos, fui muito apaixonada por ele, quase chegamos a morar juntos, mas para mim tb não era o que eu realmente queria, pq ele era muito inconstante, sem sonhos, sem perspectivas e para ele era cômodo estar comigo, eu acho que me apaixonei por ele justamente por isso, por sua carência e pela minha tb...
Minha avó, que era tb como mãe, amiga, companheira e confidente, para mim, havia ido morar conosco e isso havia me deixado muito feliz, então em casa eramos: Eu, meus 02 filhos, minha mãe, e minha querida avó que se chamava Julieta.
Fiz amizade tb com um pessoal muito legal: O Eduardo, o Murilo, a Rosangela, o Denis, a Cris, o Dinho e até o Betão que era o filho da vizinha futriqueira e comecei a ir para as baladas todos os sábados c/ eles, principalmente as da Dani´s.
Vc acredita que ensaiavamos no sábado a tarde, passos de dança, para depois chegar no salão e arrasar? E olha que arrasavamos mesmo, pq quando menos esperávamos, olhavamos para trás e o salão em peso nos acompanhava em nossos passos doidos, inventados, mas que faziam o maior sucesso ao som de: Depeche Mode: Strangelove - Information Society: Running, What's On Your Mind - Kon Kan: I Beg Your Pardon. Dentre outras...
Duas coisas tb muito engraçadas dessa época:
1ª Um belo dia resolvo fazer uma mudança radical, resolvi de morena clara, virar loira (vixi, fiquei c/ uma cara de puta, tremenda)
Quando fomos ao salão a noite, eu e o Du, participamos de um concurso de dança, onde mais fizemos palhaçadas do que dançamos. Aí a música acaba e o Dj anuncia: parabéns, o casal vencedor é aquela loirinha e aquele moreno, e aponta em nossa direção. Automaticamente eu e o Dú viramos para trás para ver quem era, e era nós rsrsrsrs. Nós esquecemos que eu estava loira. No dia seguinte voltei meu cabelo para a cor preta
2ª Estavamos nós tb no salão em outra noite, quando o rítmo da música de Kon Kan: I Beg Your Pardon, corria solto, e nós estávamos em muitos dançando, os nossos famosos passos, mas como fazia muito tempo que eu estava dançando resolvi parar ali no meio, quando de um passo da pessoa de trás me acerta bem atrás do joelho.
Meu Deus, meu joelho foi para frente e para trás e lá caí. Minha calça precisou ser rasgada, na proporção que meu joelho começou a inchar.
O Dú, a Ro, O Murilo, o Denis, a Cris e o Betão foram comigo para o hospital, acho que era + ou - umas 02:00hs da madrugada. Como a pancada tinha sido muito violenta, a dor mesmo ainda não tinha chegado. E quando chegamos lá, o Dú tratou de me colocar em uma maca e começou a correr comigo nos corredores do hospital, como se fossemos crianças, que haviamos encontrado um brinquedinho. Até que o médico me atende, e minutos depois volta c/ uma injeção com uma agulha enorme, para fazer punção.
Nossa, que desespero me deu, não gosto nem de lembrar.
Quando me levaram para casa, eu entrei no prédio apoiada de um lado no Dú e do outro no Murilo. Já eram mais ou menos umas 04:00hs da manhã. E ainda tive a paxonra de escutar um cuxixo, bem maldoso da janela da vizinha futriqueira: Nossa, o que será que ela estava fazendo?O sangue subiu, sabe! Mas não tive coragem de responder aquela hora da madrugada.
O Beto tb era amigo de todos, mas não gostava muito que eu fosse a baladas c/ o pessoal, pq ele não curtia, então vira e mexe encrespava. E olha que ele sabia que eu só ia para dançar e que meus amigos eram amigos dele tb, então não tinha o que ele temer.
Pra vc ter uma idéia, uma vez em uma sessão de lentas, um cara que não era de nossa turma, resolveu me convidar para dançar. E coitado dele. Ficou na mira de todo mundo, inclusive o Murilo chegou bem próximo a ele e disse: presta bem atenção: ela é minha irmã e não quero graça nenhuma com ela, ouviu bem? E do mesmo jeito que ela chegou ela sai: sozinha, vai embora só c/ a gente!
Adoro o Murilo até hoje, como se fosse meu maninho mesmo.
Em casa, a alegria não durou muito, depois que minha avó chegou, pq minha mãe tinha terminado o namoro dela , (um namoro de + de 10 anos) c/ o Roberto, que eu adorava e depois de um bom tempo ela começou a namorar c/ uma pessoa que mora c/ela até hoje e que não tem jeito de eu gostar.
Ele não gostava nem da minha avó, nem de mim e nem de meus filhos e minha mãe estava completamente cega por ele. O pior é que trabalhavam juntos tb.
Comecei a me sentir mal naquela casa, minha mãe nos dava a entender que estavamos atrapalhando a privacidade dela, pq logo depois ele foi morar lá tb.
Aí eu resolvi que era hora de eu ter minha própria vida, apenas com meus dois filhos. Eu quis levar minha avó junto, mas por mais que o novo marido de minha mãe não gostasse dela ela insistiu em ficar lá.
Saí de lá e aluguei uma casa próxima ao apto. Mas não deixava de passar todos os dias lá para dar um beijo em minha avó, que eu amava demais...

27 de mar. de 2007

21 - Arrependimentos, final de um relacionamento


Minha vida caminhava lentamente, digo isso pq já não existia mais amor conjugal.
Eu era feliz apenas por ter meus filhos, que eram minhas únicas alegrias
O pior momento de minha vida, acho que foi este, pq todas as recordações do passado voltavam a cada dia que se passava, recordação do que meus amigos me diziam, em relação ao meu namoro c/ meu marido, recordação de pessoas que realmente tentaram me alertar, recordação de pessoas queridas que me amavam, que só queriam me ver bem e eu não havia enxergado anteriormente
Eu precisava fazer alguma coisa rápido p/ mudar aquela situação e não sabia por onde, o Juninho já estava c/ 03 anos e o Flavio c/ 02 anos.
Aí então resolvi que era a hora de eu voltar a trabalhar, pq quando a gente fica em casa, dá asas a todo tipo de pensamento e tb a mente da gente começa a fazer regressões. Vc simplesmente pára no tempo, estaca!
Foi então que resolvi, dizer ao meu marido que eu iria voltar a trabalhar e recebi o impacto do susto: Jamais vc vai voltar a trabalhar, os meninos estão muito pequenos e não se fala mais nisso e pronto.
Minha mãe nessa época veio morar conosco, (que foi um alívio para mim) e ela nem imaginava, como eu me sentia, nem imaginava que meu casamento já tinha ido por água a baixo e eu morria de medo de dizer a ela que não estava dando certo. E o medo da rejeição pela família, do tipo: a ovelha negra da familia, pq nunca ninguém da família tinha se separado. Alias para ela tudo corria bem, pq eu nunca demonstrava o que se passava em minha cabeça. E ela nessa época trabalhava fora, era encarregada de contas a pagar e a receber em uma firma, saía muito cedo e chegava muito tarde, e conversavamos direito mesmo só nos finais de semana e não queria lhe dar nenhum tipo de aborrecimento tb
Em um certo dia, noto que meu marido não estava usando aliança. Aí eu pensei: Será que ele está me traindo e esqueceu de colocá-la novamente???
Como eu sempre fui pavio curto, no dia seguinte acabei tirando minha aliança e disse a ele: Se vc não está usando aliança mais, eu tb apartir de agora tb não a usarei.
A 1ª desculpa dele: Não é isso, é que eu tirei para lavar as mãos, no serviço e não sei onde eu guardei, estou achando que eu a perdi!!!
Nota: Ele nunca havia tirado a aliança para lavar as mãos!
Comecei a desconfiar demais, e tudo era motivo para que eu atacasse ele sobre a aliança. Inclusive eu já nem usava mais a minha tb
Até que um belo dia ele me disse a verdade: Ju eu vou te falar a verdade: Eu a vendi para quitar uma dívida
Eu: que dívida?
Ele: A do nosso dormitório!
Eu: Como assim, se foi seus pais que deram o dormitório para nós?
Ele: Não foi, minha mãe só escolheu e eu disse a vc que foi presente dela, mas era eu que estava pagando, e acabei deixando algumas prestações para trás
Eu não estava acreditando no que estava ouvindo, nem sabia o que dizer, de tanto inconformismo. (Além de nunca terem feito nada por nós ou por nossos filhos, nem aquilo ela tinha dado!) Deixou ele assumir até aquela dívida, que naquele momento não poderia fazer.
Agora me digam uma coisa: quando falam de sogra, as piadas sobre sogra, são justas ou não???
E não pensem vcs que ela era uma coitada, pq ela tinha uma situação financeira muito boa, simplesmente não aceitava que seu filho havia se casado comigo!!! E digo mais, se ele se casasse c/ a outra (a judia) a situação financeira dela seria melhor ainda, pq ela não pensava em fazer nada pelos filhos, apenas queria tirar algum proveito.
Foi quando me veio a cabeça novamente: pq eu me casei com ele, pq eu não o deixei para a judia? Foi birra minha isso, foi amor, ou foi medo de encarar uma gravidez sozinha??? Já não sabia mais de nada. Somente que eu não precisava ter passado por nada disso...
Minha cabeça, já estava a milhão
Desde que nós mudamos p/ o nosso apartamento, tudo estava de ponta cabeça, meu marido não ganhava tão mal, mas deixava metade do salário no bar (isto eu só fiquei sabendo 1 ano depois).
Quando ele me entregava o dinheiro para pagar as contas rotineiras, tipo água, luz, condomínio e alguma prestação, sempre faltava (note, que eu não era materialista, pois para mim o importante era apenas que desse pra viver descentemente, sem luxo, mas tb sem dívidas e eu não pensava em mim, pensava apenas nos meus filhos e nele)
As compras era minha mãe que fazia, então esse gasto ele não tinha.
Se ele fosse uma pessoa que pensasse no futuro, estaria tentanto economizar, para reformar o nosso apartamento, afinal ou o ganhei de minha mãe, mas ele nunca estava preocupado c/ essas coisas que para ele não era prioridade, aliás ele só se preocupava c/ o hoje, e nem com o futuro dos filhos se preocupava.
E quando eu disse que queria voltar a trabalhar, para ajudar nas despesas e talvés até tentar salvar nosso casamento, (coisa que ele tb não havia notado que para mim já tinha se acabado) ele dizia que não! O que então eu poderia fazer???
Meu relacionamento c/ ele era horrível e ele achava que qualquer problema se resolvia na cama.
Cama!!!! Vixi Maria, eu corria dela!!!
Cada dia eu inventava uma desculpa para não ir pra cama c/ ele (fazer amor então! pra mim isso não existia, tb eu não sentia mais nada, pra mim era um martírio isso sim!) Um dia eu inventava que estava c/ dor de estômago, no outro dor de cabeça, no outro eu dizia que queria assistir a algum filme na tv que terminaria tarde, aí eu pegava no sono no sofá e me livrava. E foi assim durante praticamente 1 ano
Nesse tempo fiz amizade c/ a vizinhança, aliás eu não podia trabalhar fora, o serviço de casa era rápido e eu não podia ficar sozinha, para não encher a cabeça de caraminholas
Eu tinha uma vizinha que morava ao lado do meu apto, que se chama Magda. (caramba essa mulher bebia pra caramba, acho que eu nunca a vi sóbria, aliás eu achava que ela bêbada estava sóbria, pq sóbria mesmo eu não a conhecia) Mas era uma boa pessoa, muito amiga
A Magda tinha um irmão chamado Beto, c/ a mesma idade que eu e ele tocava violão, eu achava lindo ver ele tocar, eu simplesmente viajava quando ele tocava, e do mesmo jeito que fiz amizade c/ ela fiz c/ ele tb e eu sempre ouvia ele tocar e até conversavamos bastante, mas tipo assim: eu o enxergava até aquele momento como se fosse um irmão, amigo!
Só que eu não havia percebido que havia uma vizinha no 1º andar, que estava maquinando uma coisa muito ruim
Geralmente a tarde, nos reuníamos em 3 vizinhas e jogavamos baralho, nossa isso virou um vício, todos os dias, das 14:00 as 16:00 era sagrado o jogo de buraco. Eramos só em mulheres: Eu, a Val e a Luzinete. E se meu marido ficava sabendo, ficava muito puto da vida. Mas era a única maneira que eu havia encontrado de me distrair, pelo menos jogava conversa fora, e me divertia c/ as histórias
Houve um dia que meus meninos se trancaram no quarto e não conseguiam abrir a porta, aí fiquei apavorada por causa da janela, que havia ficado aberta. Então meu 1º impulso, foi bater na porta da casa da Magda e pedir p/ o Beto, ir lá em casa e arrombar a porta do quarto, pra mim. Isso nem foi preciso, pq quando ele levantou o pé para arrombar, meus meninos conseguiram destravar a porta e não precisou fazer nenhum estrago. Antes tivesse feito...
Pra que que eu fui fazer isso, deu um pano pra manga que preciso te contar:
Havia uma vizinha muito das futriqueiras, no 1º andar, que cuidava da vida de todo mundo alí do prédio, inclusive nesse dia ela viu o Beto entrando em casa para arrombar a porta do quarto. Resolveu agir de má fé e me aprontou uma coisa muito constrangedora.
Minha vida, c/ meu marido, já estava uma merda, né?
Então, estou eu passando pela porta do apto dela, indo ao mercado, em um belo domingo, e a futriqueira de nome Neide, me chama e diz o seguinte: Tenho notado que a Sra. anda arrastando suas asas para o Beto e que inclusive ele anda entrando em sua casa, quando seu marido não está. Esse seu nariz empinado vai cair, pq vou contar para o seu marido que vc está tendo um caso c/ ele!!!
Vixi, minha casa caiu, onde que aquela mente fértil, foi ver tal coisa???
Fiquei apavorada, mas o meu apavoramento não era porque meu marido pudesse acreditar nela, e sim o que ele poderia fazer c/ essa mulher e até então de ele dar um esfrega no Beto, sem ele saber o motivo.
Eu gelei, em vez de ir para a rua voltei correndo lá pra cima, e em vez de eu entrar em casa, bati na porta da casa da Magda, para lhe contar o que a Neide, havia me dito....
Depois que a Magda me acalmou, voltei para o meu apartamento, e como eu estava chorando, fui correndo para o banheiro. Minha mãe percebendo o meu estado, foi atrás de mim, entrou no banheiro e me perguntou o que estava acontecendo, aí eu lhe contei.
Então ela me disse: Vamos contar isso p/ o Junior agora e antes de ela chegar nele.
Nesse dia o namorado da minha mãe, o Roberto estava em casa (ainda bem), pq 1º minha mãe contou para ele para depois chegarmos no Junior e contar. E o Roberto fez uma coisa muito sábia, antes de tudo ele foi até a porta, trancou e escondeu a chave. Aí depois começamos a narrar-lhe o que havia acontecido.
Meu marido ficou muito louco da vida e seu 1º impulso foi se dirigir a porta. E ele nos disse que ia na casa dela, afinal ela tinha um marido e tb 04 filhos e o que ela fez comigo, ele queria que todos naquela casa soubessem.
Foi quando o Roberto disse: Junior, esfria a cabeça, calma, pq talvés se vc fizer isso, vai ficar chato pra Ju a convivência no prédio, afinal é ela que fica aqui a semana toda. Vamos esperar e pensar pra ver o que podemos fazer. Agora se essa mulher realmente fizer o que disse pra Ju, o que vai fazer, de falar c/ vc, aí é outra coisa. Então vc faz isso! O que vc acha???
Ele disse um monte, inclusive acabei escutando que eu não deveria, tipo: me misturar c/ as vizinhas, que eu tinha que ficar trancada dentro de casa e um monte de blá, blá, blá, que acabei deixando quieto, pela bronca que ele estava. E acabei prometendo que não sairia mais de dentro de casa (enfim, prometi que ficaria enjaulada) E eu aguentei a provocação da vizinha futriqueira durante uma semana + ou - com comentários maldosos, pela vizinhança.
O que a inveja não faz com uma pessoa, não é?
Só depois que fui saber que a irmão do Beto, a Magda, era muito amiga dela e que depois que ela fez amizade comigo quase não falava c/ a Neide (futriqueira)
Mas a minha mãe não deixou isso quieto, uma semana depois ela encontrou um dos filhos (O nome dele tb era Beto e tinha o apelido de Betão e que tinha a mesma idade que eu tb) dessa vizinha e disse bem assim pra ele: Me diz uma coisa: o que a sua mãe quer para deixar minha família em paz, vc pode me dizer?
O Betão sem saber do que se tratava, minha mãe acabou abrindo o jogo para ele contando o que a mae dele estava aprontando.
Foi quando ele disse: D. Maria Helena, por favor me pedoe, minha mãe está ficando louca, acho que ela está c/ ciúmes da sua filha pq ela tem hoje, muita amizade c/ a Magda e a Magda era a melhor amiga dela. Mas eu vou consertar isso, só peço para que não chegue ao ouvido de meu pai, pq meu pai já não aguenta mais tanta fofoca que minha mãe anda fazendo por aí. Todos os dias tem alguém tocando a campainha lá de casa para brigar c/ minha mãe. Mas eu te prometo que ela não perturbará mais vcs.
A irmã do Beto, a Magda, preocupada c/ o que pudesse surgir desta história, vai e conta para o Beto, o que aconteceu. (ela não deveria ter feito isso, pq após isso o Beto começou a me enxergar c/ outros olhos, e aquele olhar amigo se transformou em olhar ousado e cheio de cobiça)
No sábado eu costumava ir para a feira, com outra vizinha: a Madalena e vc acredita que minha vontade de não voltar pra casa era tão grande que nós esquecíamos da vida, na rua??? Tb pudera, sempre que eu chegava, meu marido estava de porre c/ o marido dela ou então c/ um amigo dele que trabalhava junto e que por infelicidade minha morava próximo. Me dava um desgosto danado, ver a cena!!! Eu odiava bebiba, por causa disso. Acho que se vc não sabe beber, não deve nem começar, pq perde o controle... Que vidinha filha da mãe que eu estava levando, viu! Não via a hora que a 2ª feira chegasse
Teve um dia que eu criei coragem e disse o seguinte para ele: Junior, nosso relacionamento não está legal e eu não sinto mais por vc, o que sentia antes
Ai ele me disse: Mas o que vc quer que eu faça?
Eu disse: Volte a fazer eu ser quem eu era antes, e para isso vc precisa mudar
Para ele, tudo o que eu dizia, ele não acreditava, pq ele tentava mudar durante 1 dia e depois achava que eu ia voltar a quere-lo na cama como antes.
Ai ele ficava revoltado, perdia a paciência comigo e voltava ser aquela mesma pessoa
E o pior de tudo, como havia rolado o papo da vizinha, ele começou a insinuar que eu estava interessada no Beto e que era por isso que eu não ia pra cama com ele (Isso para mim, foi a maior falta de respeito que eu havia escutado, em toda minha vida, pq mesmo sendo de brincadeira, eu estava muito ferida, com aquelas palavras)
Eu já não aguentava mais aquela situação
E pra variar a minha excelentíssima sogra, aparecia em alguns finais de semana, para me aporrinhar minha vida, e vc acredita que ela além de notar o clima não estava bom, ainda voltou a me dizer: Se vc não estiver bem c/ o Junior, a ex namorada dele ainda é louca por ele, viu! E é capaz de largar tudo, para ficar c/ ele. Presta atenção: Cuida bem dele
Minha vontade de dar-lhe uma porrada na cara dela e dele era imensa.... (Me diz uma coisa, eu precisava passar por isso? Escutar essa cretinice???)
Quando estavamos na época do Natal, em vez de viajarmos, fazer alguma coisa diferente, ele me chama o amigo dele "que eu adorava" (olha só o nome da figura: Cosme) e a esposa p/ passar o Natal conosco. Gente, eu queria morrer, naquele natal, de tédio. Acho que foi o 1º e único pior natal que passei. O Junior não ficava mais no bar bebendo, piorou: ele só bebia em casa e me azucrinava o tempo todo. Ele não me ofendia, nem brigava, mas não falava nada c/ nada, e tratava nossos filhos muito mal, coisas de bebum mesmo.
Naquele mesmo ano do Natal, ele redobra o convite p/ o casal de amigos, convidando-os para passarem tb a virada de ano conosco. Pois é nem vou dizer mais nada, só que foi muito desgosto ao mesmo tempo
Eu estou escrevendo estas coisas assim aqui, mas para o casal até o Natal, eu havia me comportado como uma perfeita anfitriã. Mas mal sabiam eles o que se passava na minha cabeça!!!
Passou a virada do ano o casal de amigos foi embora + ou - umas 2:00hs da madrugada, fechei a porta e fiquei encarando, bem séria meu marido, que estava mais pra de bagdá. Ele estava sentado no sofá, derepente levanta com tudo e vem pra cima de mim, perguntando c/ é a minha que eu tinha que cumprir com meu dever de esposa, e vem se aproximando cada vez mais e eu me afastando. Dai ele levanta o dedo e se exalta, dizendo que eu era obrigada a cumprir c/ meu papel de qualquer forma que estivesse nosso casamento.
Minha mãe, já estava dormindo e com aquela altura de voz acabou a cordando e saiu correndo do quarto e se me meteu no meio (minha mãe, nunca havia presenciado, um desentendimento meu c/ ele, aliás ela sempre achou que estava tudo bem e ela gostava dele como se fosse um filho tb)
Ela ficou muito nervosa quando viu ele em cima de mim, pq ele praticamente me prendeu na parede. E ela disse: O que vc pensa que vai fazer???
Sabe o que ele disse pra ela? A Sra, pode voltar para o seu quarto agora.
Ela olhou para mim, viu minha cara de desespero e disse pra ele: Não senhor, quero que vc fique sabendo neste momento que a porta da rua é a serventia da casa e quero vc fora daqui agora!!!
Caramba, salva pelo gongo!!! Somente naquele momento, foi que minha mãe percebeu em meu olhar, o como eu era infeliz...
Ele foi até o quarto, puxou uma mala que estava em baixo da cama, que eu nem havia percebido e saiu dizendo um monte de asneira.
Vc acredita, que ele já tinha arrumado a mala para ir embora, que isso já estava programado???
Graças a Deus, ele havia ido embora, era tudo o que eu queria, pq eu não suportava mais viver com ele, naquela situação.

Meu cantinho no recanto: http://recantodasletras.uol.com.br/autores/esstemp

Contador de curiosos à partir de 27/04/2007 KKK


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