Durante o 1º mês tudo corria muito bem, inclusive nem acreditava que nossa vida caminhava como eu queria.
Só tinha um detalhe que eu não estava gostando, era que o único lugar que íamos aos domingos, era na casa de minha sogra.
Uma certa vez, soube através de uma tia do Junior, que aquela garota que ele costumava ficar, tinha estado internada, em um hospital, no dia do meu casamento, de tanta angústia que ficou.
(que engraçado e triste ao mesmo tempo, né? O Gustavo que era judeu, sofria pq eu tinha me casado e a Iafa que tb era judia, tb sofria pq o Junior se casou comigo)
Soube tb por essa tia que, minha sogra adora aquela judia e que ela sempre a comprava. Ela tinha um mercadinho, lá no Bom Retiro e vivia levando de tudo para minha sogra, mesmo depois que eu casei. E que as coisas que minha sogra me disse no hospital, no dia do exame da gravidez, era tudo pra ver se conseguia me separar do Junior, pq ela queria que ele se casasse c/ a judia.
O Gustavo nunca tinha tentado comprar a minha mãe, pq ela adorava ele sem querer nada em troca
Sabe, essas coisas me impressionaram muito, pq eu nunca tive o intuíto de comprar ninguém para se ter alguém. Eu não comprava e não me vendia. Nunca fui ambiciosa, nunca quis nada de ninguém, nunca fui interesseira e nunca me gabei c/ as coisas dos outros. Eu era eu mesma, não fazia cenas, que não existiam e acreditava muito nas pessoas. Então aqueles fatos que a tia dele havia me contado, pra mim, era tudo novidade, pq como eu nunca tinha visto esse tipo de situação, não tinha malícia e achava que essas coisas não existiam, até o dia que minha sogra foi nos visitar em casa e quando estavamos sozinhas na cozinha ela me disse: Olha Ju, eu espero que vc e o Junior estejam se dando bem, e que vc esteja cuidando muito bem dele, pq se não estiver, tem uma pessoa que está disposta a largar tudo, para viver c/ ele.
Pois é meus amigos, eu tinha uma tremenda jararaca, como sogra e só depois desse dia, que tudo começava se encaixar e fazer sentido!
Nem ela como mãe tinha cuidado bem dele. Quando ia em casa, quando namorávamos ele sempre chegava c/ as roupas novas todoas manchadas. Ele sempre comprava roupas de marca, bonitas e ela manchava tudo c/ água sanitária, não cuidava das roupas dele, quando ele morava com ela e ainda teve a coragem de me dizer o que disse, como se tivesse sido uma mãe exemplar. E olha que o Junior era o tipo de pessoa, que nunca deu trabalho em casa quando morava c/ a família dele. Só as brigas, com o irmão dele o Rogério, que eram violentas, mas isso em qualquer casa é normal, quais são os irmãos que não brigam?
Mas até então ela ainda não tinha conseguido o que realmente queria e como eu era apaixonada pelo meu marido, eu fazia de tudo para que desse certo, o nosso casamento!
Como nós moravamos muito longe do serviço, eu estava grávida, aquele lugar era um tanto que perigoso, e nós sempre ficavamos c/ o carro de minha mãe, para ir trabalhar, aí então resolvemos alugar uma casa mais próxima, lá na Freguesia do Ó, na Vila Bonilha. Uma casa bem ajeitadinha, só que era nos fundos de outra casa. Inclusive quem havia visto essa casa p/ nós foi uma amiga que eu tinha na firma: a Doralice, uma pessoa encantadora, muito amiga tb e ela morava próximo aquela casa. E nos mudamos. Aí tb não precisariamos mais de ficar c/ o carro da minha mãe. Só ficavamos c/ ele no final de semana.
A dona da casa que eu morava a D. Rute Pavão, morava na casa da frente, ela tinha dois filhos que se chamavam Suzi e Sergio. A Suzi era como se fosse uma irmã mais nova e o Sergio era muito legal, alías nos finais de semana, nós sempre levávamos a minha prima Julia para ficar conosco, e o Sergio estava super interessado nela. A Julinha, que era como eu a chamava era para mim como se fosse minha irmã mais velha, nós sempre moramos juntas e ela tinha a mesma idade que o Junior. Ela namorava c/ o Reginaldo, que morava lá em Santa Terezinha, próxima a casa da mãe dela a minha tia Pitóca, que era como nós a chamávamos, irmã de minha mãe. Como a Julinha sempre brigava tb c/ o Reginaldo, tinha vezes que ela passava semanas conosco. Ela apesar de amiga, era super companheira e o Junior tb gostava muito dela e em todo o tempo de minha gravidez, ela esteve presente, me ajudando em tudo que era preciso. Que saudades eu sinto dela, viu!!!
Teve um dia que nós fomos na casa de minha avó e de minha mãe e acabei brigando c/ minha avó pq ela implicava muito c/ o Junior. Ela tinha uma espécie de adega, no quartinho dos fundos da casa dela (ela não era bebum não, viu) e o Junior vivia assaltando-o, isto é tomando as cervejas dela. Minha avó adorava uma cervejinha e não podia ver um casco vazio, até que um dia vi que ela começou a fazer pouco caso dele e eu me doí por ele e acabamos ficando muito tempo sem ir lá. Quando minha mãe queria me ver ela que ia em minha casa, com o namorado dela.
Minha mãe namorava c/ um cara que para mim era como pai, inclusive quando eu namorava c/ o Junior, ele vivia se metendo em nossas brigas, e o nome dele era Roberto Sarno, ele era muito engraçado, fazia piada de tudo, parecia-se c/ o Tom Jobim, tinha um pouco de Mario Covas, cantava muito bem, mas só que chutava bem, tb (bebia, muito). Mas em qualquer discussão era ele que acalmava tudo, com suas brincadeiras, bem colocadas, nos momentos certos.
Meus padrinhos de casamento nos visitava de vez em quando, nossos finais de semana, naquela casa era e era muito gostoso. A noite ficavamos lá fora, todos conversando e tudo corria bem!
Um fato engraçado que aconteceu naquela casa, foi no dia que resolvi mudar todos os móveis do quarto de lugar, e a noite fomos a um aniversário de um primo do Junior, lá na Cachoeirinha. Ele tinha bebido tanto, que quando chegamos em casa ele se jogou na cama, desmaiado. Quando foi de madrugada ele levantou abriu a janela e fez xixi pela janela. Eu tinha mudado tudo de lugar e conforme ele levantou pegou o rumo como se estivesse indo para o banheiro, mas c/ a cama virada ele acabou indo p/ a janela e quando eu vi que ele estava fazendo xixi pela janela, caí na gargalhada, ele estava meio dormindo e acordou de frente a janela, com o pinto pra fora. Nesse dia eu ri muito e contei pra todo mundo, oque ele tinha feito!!! Fiz muita gente rir, nessa época.
Nossa vida estava caminhando, eu trabalhava ganhava suficientemente bem, ele trabalhava em uma empresa de exportação desde a época que nos conhecemos a Cory Irmãos, ganhava bem tb e tudo corria bem.
Só uma coisa me perturbava. Cada vez que minha sogra ia lá em casa, o dia acabava para mim. Vc acredita que quando ela entrava em casa, ficava passando o dedo em todos os móveis para ver se estava tudo limpo, se não encontrava nenhum pó? até minha prima ficava puta da vida com isso, pq não era somente implicancia que eu tinha por ela. Começei a me rebelar e cada vez que ela ia embora acabava descontando minha bronca dela, no Junior que não tinha nada a ver com isso, aliás ele nunca prestava atenção aos atos da mãe dele, quando ela aparecia lá, era incrível isso. Até a minha vizinha da frente a D. Rute tinha pego raiva dela, pela antipatia, com que ela entrava e saía de minha casa.
Sabe aquele tipo de pessoa que não é natural e vive de aparencias e de contar papo? Se eu te contar que ela não ajudou em nada com os preparativos do nosso casamento, vc acredita? Só dava palpite, mas se mexer para nos ajudar jamais se mexeu. Até algum tempo depois eu dizia que a única coisa que ela tinha feito por nós foi ter dado nosso jogo de quarto. Mas mais tarde, vc vai saber do que estou escrevendo agora, pois vou voltar a falar sobre isto.
Teve uma vez que era natal e o Junior tinha ganho da empresa que trabalhava, um vale compras, com um valor exorbitante, como presente de natal, e para vc ter uma idéia até 14º ele ganhava.
Aí fomos ao Carrefour fazer a compra. Compramos bastante leite, afinal meu 1º filho ia nascer, e bastecemos nossa dispensa, para que desse para bastante tempo. O Junior era obcecado por chocolate e comprou tb umas duas caixas de barras de chocolate.
Naquele dia mesmo, quando foi a noite, minha sogra apareceu, pq ele tinha dito a ela sobre o vale compras que ele tinha ganho e se eu te contar que ela foi lá e levou quase a metade das compras que ele fez, pra casa dela vc acreditaria nisso?
Caramba minha mãe quando ia em casa, nunca ia de mãos abanando, e sempre procurava saber se precisavamos de alguma coisa e minha sogra além de nunca ter feito nada por nós, ainda ia lá para tirar???? até a metade do leite ela levou! Eu nunca fui egoísta, mas fazer o que ela fez, além de ser uma falta de educação e de berço era horrível para uma pessoa que contava tanto papo. Eu não conseguia acreditar, no que estava vendo, eu estava quase a ponto de xingar ela, pq pra mim aquilo não tinha humildade nenhuma.
Minha prima vendo a minha bronca, nos meus olhos me tirou de perto dela e me disse: calma prima, daqui a pouco ela vai embora, pelo amor de Deus se controla, parece que o que ela quer vai conseguir, não dê esse gostinho a ela.
Me controlei sim, até o momento que ela foi embora, depois pra váriar despejei toda minha ira, mais uma vez no Junior. Coitado, o que ele tinha a ver, c/ a rabugisse daquela mãe? Nada. Ele era muito pacifico, calmo. Mas aquele dia eu consegui tirar ele do sério (tb, qual é o filho que fica quieto se vc ataca a mãe dele, com palavras hostís?) Ele ficou tão louco da vida comigo que para não me bater, comigo grávida já de 08 meses, acabou quebrando uma xícara nas próprias mãos, de tanto apertá-la. Aí vi a que ponto cheguei. Minha prima tb acabou por pedir para que eu ficasse calma, afinal eu seria a única prejudicada, no estado que eu me encontrava.
E foi assim que ela começou a destruir meu casamento.
Gostaria só de deixar uma coisa clara, neste capítulo que estou terminando:
Minha bronca não era por ela estar levando as compras para a casa dela, pq nunca fui mesquinha e nem ganaciosa. Era pelo atrevimento de ela pegar as coisas, abrir os armários, a geladeira, sem ninguém ter oferecido nada antes, é lógico que não iríamos ficar c/ tantas coisas, pq tb estragariam, e não iriamos tb consumir tudo aquilo em casa. Eu já tinha pensado em separar umas coisas pra ela. Mas o atrevimento dela foi além disso. Minha mãe jamais faria aquilo, mesmo que estivesse precisando de alguma coisa.
Minha mãe era tanto mãe para mim como também mãe para o Junior. Ele nunca chamou-a pelo nome dela, sempre a chamou de mãe tb!
Minha sogra não precisava fazer aquilo e nem precisava de nada daquilo. Ela viva muito bem por sinal, muito melhor que a gente, que estavamos atolados de prestações.
É complicado a vida de casado, quando se tem alguém cutucando o tempo inteiro um casal, que está começando a vida juntos...
Só tinha um detalhe que eu não estava gostando, era que o único lugar que íamos aos domingos, era na casa de minha sogra.
Uma certa vez, soube através de uma tia do Junior, que aquela garota que ele costumava ficar, tinha estado internada, em um hospital, no dia do meu casamento, de tanta angústia que ficou.
(que engraçado e triste ao mesmo tempo, né? O Gustavo que era judeu, sofria pq eu tinha me casado e a Iafa que tb era judia, tb sofria pq o Junior se casou comigo)
Soube tb por essa tia que, minha sogra adora aquela judia e que ela sempre a comprava. Ela tinha um mercadinho, lá no Bom Retiro e vivia levando de tudo para minha sogra, mesmo depois que eu casei. E que as coisas que minha sogra me disse no hospital, no dia do exame da gravidez, era tudo pra ver se conseguia me separar do Junior, pq ela queria que ele se casasse c/ a judia.
O Gustavo nunca tinha tentado comprar a minha mãe, pq ela adorava ele sem querer nada em troca
Sabe, essas coisas me impressionaram muito, pq eu nunca tive o intuíto de comprar ninguém para se ter alguém. Eu não comprava e não me vendia. Nunca fui ambiciosa, nunca quis nada de ninguém, nunca fui interesseira e nunca me gabei c/ as coisas dos outros. Eu era eu mesma, não fazia cenas, que não existiam e acreditava muito nas pessoas. Então aqueles fatos que a tia dele havia me contado, pra mim, era tudo novidade, pq como eu nunca tinha visto esse tipo de situação, não tinha malícia e achava que essas coisas não existiam, até o dia que minha sogra foi nos visitar em casa e quando estavamos sozinhas na cozinha ela me disse: Olha Ju, eu espero que vc e o Junior estejam se dando bem, e que vc esteja cuidando muito bem dele, pq se não estiver, tem uma pessoa que está disposta a largar tudo, para viver c/ ele.
Pois é meus amigos, eu tinha uma tremenda jararaca, como sogra e só depois desse dia, que tudo começava se encaixar e fazer sentido!
Nem ela como mãe tinha cuidado bem dele. Quando ia em casa, quando namorávamos ele sempre chegava c/ as roupas novas todoas manchadas. Ele sempre comprava roupas de marca, bonitas e ela manchava tudo c/ água sanitária, não cuidava das roupas dele, quando ele morava com ela e ainda teve a coragem de me dizer o que disse, como se tivesse sido uma mãe exemplar. E olha que o Junior era o tipo de pessoa, que nunca deu trabalho em casa quando morava c/ a família dele. Só as brigas, com o irmão dele o Rogério, que eram violentas, mas isso em qualquer casa é normal, quais são os irmãos que não brigam?
Mas até então ela ainda não tinha conseguido o que realmente queria e como eu era apaixonada pelo meu marido, eu fazia de tudo para que desse certo, o nosso casamento!
Como nós moravamos muito longe do serviço, eu estava grávida, aquele lugar era um tanto que perigoso, e nós sempre ficavamos c/ o carro de minha mãe, para ir trabalhar, aí então resolvemos alugar uma casa mais próxima, lá na Freguesia do Ó, na Vila Bonilha. Uma casa bem ajeitadinha, só que era nos fundos de outra casa. Inclusive quem havia visto essa casa p/ nós foi uma amiga que eu tinha na firma: a Doralice, uma pessoa encantadora, muito amiga tb e ela morava próximo aquela casa. E nos mudamos. Aí tb não precisariamos mais de ficar c/ o carro da minha mãe. Só ficavamos c/ ele no final de semana.
A dona da casa que eu morava a D. Rute Pavão, morava na casa da frente, ela tinha dois filhos que se chamavam Suzi e Sergio. A Suzi era como se fosse uma irmã mais nova e o Sergio era muito legal, alías nos finais de semana, nós sempre levávamos a minha prima Julia para ficar conosco, e o Sergio estava super interessado nela. A Julinha, que era como eu a chamava era para mim como se fosse minha irmã mais velha, nós sempre moramos juntas e ela tinha a mesma idade que o Junior. Ela namorava c/ o Reginaldo, que morava lá em Santa Terezinha, próxima a casa da mãe dela a minha tia Pitóca, que era como nós a chamávamos, irmã de minha mãe. Como a Julinha sempre brigava tb c/ o Reginaldo, tinha vezes que ela passava semanas conosco. Ela apesar de amiga, era super companheira e o Junior tb gostava muito dela e em todo o tempo de minha gravidez, ela esteve presente, me ajudando em tudo que era preciso. Que saudades eu sinto dela, viu!!!
Teve um dia que nós fomos na casa de minha avó e de minha mãe e acabei brigando c/ minha avó pq ela implicava muito c/ o Junior. Ela tinha uma espécie de adega, no quartinho dos fundos da casa dela (ela não era bebum não, viu) e o Junior vivia assaltando-o, isto é tomando as cervejas dela. Minha avó adorava uma cervejinha e não podia ver um casco vazio, até que um dia vi que ela começou a fazer pouco caso dele e eu me doí por ele e acabamos ficando muito tempo sem ir lá. Quando minha mãe queria me ver ela que ia em minha casa, com o namorado dela.
Minha mãe namorava c/ um cara que para mim era como pai, inclusive quando eu namorava c/ o Junior, ele vivia se metendo em nossas brigas, e o nome dele era Roberto Sarno, ele era muito engraçado, fazia piada de tudo, parecia-se c/ o Tom Jobim, tinha um pouco de Mario Covas, cantava muito bem, mas só que chutava bem, tb (bebia, muito). Mas em qualquer discussão era ele que acalmava tudo, com suas brincadeiras, bem colocadas, nos momentos certos.
Meus padrinhos de casamento nos visitava de vez em quando, nossos finais de semana, naquela casa era e era muito gostoso. A noite ficavamos lá fora, todos conversando e tudo corria bem!
Um fato engraçado que aconteceu naquela casa, foi no dia que resolvi mudar todos os móveis do quarto de lugar, e a noite fomos a um aniversário de um primo do Junior, lá na Cachoeirinha. Ele tinha bebido tanto, que quando chegamos em casa ele se jogou na cama, desmaiado. Quando foi de madrugada ele levantou abriu a janela e fez xixi pela janela. Eu tinha mudado tudo de lugar e conforme ele levantou pegou o rumo como se estivesse indo para o banheiro, mas c/ a cama virada ele acabou indo p/ a janela e quando eu vi que ele estava fazendo xixi pela janela, caí na gargalhada, ele estava meio dormindo e acordou de frente a janela, com o pinto pra fora. Nesse dia eu ri muito e contei pra todo mundo, oque ele tinha feito!!! Fiz muita gente rir, nessa época.
Nossa vida estava caminhando, eu trabalhava ganhava suficientemente bem, ele trabalhava em uma empresa de exportação desde a época que nos conhecemos a Cory Irmãos, ganhava bem tb e tudo corria bem.
Só uma coisa me perturbava. Cada vez que minha sogra ia lá em casa, o dia acabava para mim. Vc acredita que quando ela entrava em casa, ficava passando o dedo em todos os móveis para ver se estava tudo limpo, se não encontrava nenhum pó? até minha prima ficava puta da vida com isso, pq não era somente implicancia que eu tinha por ela. Começei a me rebelar e cada vez que ela ia embora acabava descontando minha bronca dela, no Junior que não tinha nada a ver com isso, aliás ele nunca prestava atenção aos atos da mãe dele, quando ela aparecia lá, era incrível isso. Até a minha vizinha da frente a D. Rute tinha pego raiva dela, pela antipatia, com que ela entrava e saía de minha casa.
Sabe aquele tipo de pessoa que não é natural e vive de aparencias e de contar papo? Se eu te contar que ela não ajudou em nada com os preparativos do nosso casamento, vc acredita? Só dava palpite, mas se mexer para nos ajudar jamais se mexeu. Até algum tempo depois eu dizia que a única coisa que ela tinha feito por nós foi ter dado nosso jogo de quarto. Mas mais tarde, vc vai saber do que estou escrevendo agora, pois vou voltar a falar sobre isto.
Teve uma vez que era natal e o Junior tinha ganho da empresa que trabalhava, um vale compras, com um valor exorbitante, como presente de natal, e para vc ter uma idéia até 14º ele ganhava.
Aí fomos ao Carrefour fazer a compra. Compramos bastante leite, afinal meu 1º filho ia nascer, e bastecemos nossa dispensa, para que desse para bastante tempo. O Junior era obcecado por chocolate e comprou tb umas duas caixas de barras de chocolate.
Naquele dia mesmo, quando foi a noite, minha sogra apareceu, pq ele tinha dito a ela sobre o vale compras que ele tinha ganho e se eu te contar que ela foi lá e levou quase a metade das compras que ele fez, pra casa dela vc acreditaria nisso?
Caramba minha mãe quando ia em casa, nunca ia de mãos abanando, e sempre procurava saber se precisavamos de alguma coisa e minha sogra além de nunca ter feito nada por nós, ainda ia lá para tirar???? até a metade do leite ela levou! Eu nunca fui egoísta, mas fazer o que ela fez, além de ser uma falta de educação e de berço era horrível para uma pessoa que contava tanto papo. Eu não conseguia acreditar, no que estava vendo, eu estava quase a ponto de xingar ela, pq pra mim aquilo não tinha humildade nenhuma.
Minha prima vendo a minha bronca, nos meus olhos me tirou de perto dela e me disse: calma prima, daqui a pouco ela vai embora, pelo amor de Deus se controla, parece que o que ela quer vai conseguir, não dê esse gostinho a ela.
Me controlei sim, até o momento que ela foi embora, depois pra váriar despejei toda minha ira, mais uma vez no Junior. Coitado, o que ele tinha a ver, c/ a rabugisse daquela mãe? Nada. Ele era muito pacifico, calmo. Mas aquele dia eu consegui tirar ele do sério (tb, qual é o filho que fica quieto se vc ataca a mãe dele, com palavras hostís?) Ele ficou tão louco da vida comigo que para não me bater, comigo grávida já de 08 meses, acabou quebrando uma xícara nas próprias mãos, de tanto apertá-la. Aí vi a que ponto cheguei. Minha prima tb acabou por pedir para que eu ficasse calma, afinal eu seria a única prejudicada, no estado que eu me encontrava.
E foi assim que ela começou a destruir meu casamento.
Gostaria só de deixar uma coisa clara, neste capítulo que estou terminando:
Minha bronca não era por ela estar levando as compras para a casa dela, pq nunca fui mesquinha e nem ganaciosa. Era pelo atrevimento de ela pegar as coisas, abrir os armários, a geladeira, sem ninguém ter oferecido nada antes, é lógico que não iríamos ficar c/ tantas coisas, pq tb estragariam, e não iriamos tb consumir tudo aquilo em casa. Eu já tinha pensado em separar umas coisas pra ela. Mas o atrevimento dela foi além disso. Minha mãe jamais faria aquilo, mesmo que estivesse precisando de alguma coisa.
Minha mãe era tanto mãe para mim como também mãe para o Junior. Ele nunca chamou-a pelo nome dela, sempre a chamou de mãe tb!
Minha sogra não precisava fazer aquilo e nem precisava de nada daquilo. Ela viva muito bem por sinal, muito melhor que a gente, que estavamos atolados de prestações.
É complicado a vida de casado, quando se tem alguém cutucando o tempo inteiro um casal, que está começando a vida juntos...
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